Jornal apaga Angela Merkel de foto histórica tirada em Paris

Na imagem original, a chanceler alemã aparece de braços dados com François Hollande e Mahmoud Abbas durante a marcha contra o terrorismo realizada na capital francesa

14 jan 2015 - 16h16
(atualizado às 16h20)

Um jornal ultraortodoxo israelense publicou em sua capa a foto histórica dos 40 líderes mundiais que participaram da marcha contra o terrorismo em Paris sem a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A líder alemã foi "apagada" da fotografia com programas de edição de imagem.

Manifestantes passam de um milhão nas ruas de Paris
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Na foto original, Merkel aparece de braços dados com o presidente da França, François Hollande, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, durante a manifestação que reuniu mais de um milhão de pessoas.

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Outras autoridades que "sumiram" da foto foram a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e a chefe de Segurança e Assuntos Internacionais da União Europeia, Frederica Mogherini. Helle Thorning-Schmmidt, primeira-ministra da Dinamarca, também foi cortada.

Foto: Reprodução

Fotografia publicada pelo jornal

Foto: Reprodução

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Fotografia original

A modificação na imagem, que trata as autoridades femininas europeias como ausentes na manifestação realizada em 11 de janeiro, foi notada pelo site de notícias Walla.

Grupos ultraortodoxos de Jerusalém têm retirado mulheres de propagandas e jornais que são vendidos e distribuídos dentro de suas comunidades.

Em 2014, a empresa responsável pela linha nacional de ônibus que opera em Israel admitiu ter retirado dos coletivos anúncios que tinham mulheres como modelos por medo da reação das comunidades ultraortodoxas. No passado, ônibus que tinham propagandas com mulheres foram pichados e apedrejados nos bairros mais conservadores de Jersusalém. 

Grupos defensores dos direitos das mulheres em Israel processaram a companhia de ônibus na tentativa de fazer com que ela volte a usar imagens femininas nos coletivos. Enquanto isso, outras empresas privadas em Jerusalém simplesmente adaptaram a prática, removendo as mulheres dos cartazes para não contrariar a comunidade mais radical.

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Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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