A justiça holandesa concedeu nesta terça-feira liberdade provisória à jovem holandesa de 19 anos, Aicha, que teria sido resgatada por sua mãe na Síria após o fracasso de seu casamento com um jihadista do Estado Islâmico (EI).
"O juiz decidiu que Aicha poderia ser libertada caso respeitasse as condições pré-determinadas", indicou o tribunal de Maastricht (sudeste) em um comunicado.
Aicha é suspeita de "participação em um grupo terrorista".
Segundo a imprensa holandesa, a jovem viajou à Síria em fevereiro para se casar com um jihadista holandês, Omar Yilmaz, a quem havia visto na televisão e, depois, contactado pela internet.
O jihadista, ex-soldado do exército, é um dos 130 holandeses que viajaram à Síria para se apresentar ao Estado Islâmico, segundo números oficiais.
Aicha telefonou para sua mãe pedindo ajuda após o fracasso do casamento. Após o telefonema, na semana passada, Monique viajou à Síria, passando pela Turquia, e recuperou sua filha em Raqa, principal reduto do Estado Islâmico.
As condições da liberdade provisória não foram detalhadas, mas Aicha deverá estar disponível para responder à polícia e à Justiça.
O número crescente de jihadistas ocidentais preocupa as autoridades, que temem ataques na Europa, e a questão das mulheres que viajaram à Síria, mas que não combatem, é delicada.
Dos 130 holandeses que viajaram para combater na Síria, 30 voltaram à Holanda e 14 morreram, segundo números publicados pelos serviços secretos holandeses (AIVD).