Líbia: facções rivais devem reunir-se na próxima semana

A Líbia, que é uma grande produtora de petróleo, viu suas divisões se aprofundarem após a queda de Gaddafi, com dois governos e Parlamentos rivais

10 jan 2015 - 12h14
(atualizado às 14h53)
<p>O encontro, anunciado após o enviado da ONU, Bernardino Leon, ter se encontrado com ambos os lados rivais na Líbia, acontecerá na próxima semana, em Genebra</p>
O encontro, anunciado após o enviado da ONU, Bernardino Leon, ter se encontrado com ambos os lados rivais na Líbia, acontecerá na próxima semana, em Genebra
Foto: Ismail Zitouny / Reuters

As facções da Líbia concordaram em realizar uma nova rodada de negociações patrocinadas pela ONU (Organização das Nações Unidas). O intuito das conversas é tentar por fim a um conflito que desestabiliza o país do norte da África mesmo três anos após a guerra civil que derrubou o ditador Muammar Gaddafi.   

O encontro foi anunciado após o enviado da ONU, Bernardino Leon, ter se encontrado com ambos os lados rivais na Líbia. A reunião acontecerá na próxima semana, em Genebra, informou neste sábado a missão da ONU em comunicado.   

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A Líbia, que é uma grande produtora de petróleo, viu suas divisões se aprofundarem após a queda de Gaddafi, com dois governos e Parlamentos rivais, cada um apoiado por grupos antagônicos de ex-rebeldes fortemente armados.   

“Para criar um ambiente propício ao diálogo, o representante especial Leon propos aos lados uma paralisação nas operações militares por alguns dias”, afirmou a ONU.   

O comunicado não deixou claro quem participará das negociações, nem forneceu uma data exata para os encontros, mas anunciou que os objetivos serão a formação de um governo de unidade, a criação de uma nova Constituição e o fim das hostilidades.   

Até agora, negociadores internacionais tiveram dificuldade em fazer os dois lados sentarem para conversar. Os conflitos também complicaram as chances de diálogo.   

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“Esta é a última chance, que deve ser aproveitada. A Líbia está passando por um momento crucial. Os diferentes atores não devem ter dúvidas quanto à gravidade da situação em que o país se encontra”, afirmou em comunicado a chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini.

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