Líder jihadista morre em ataque dos EUA na Síria

Além do líder do grupo Khorasan morto neste domingo, um suposto integrante do Estado Islâmico foi preso na Espanha

28 set 2014 - 14h50
Líder jihadista pode ter morrido durante ataque americano na Síria
Líder jihadista pode ter morrido durante ataque americano na Síria
Foto: Washington Times / Reprodução

Uma conta jihadista no Twitter disse que líder do grupo Khorasan, ligado ao grupo islâmico al-Qaeda, foi morto em ataque aéreo dos Estados Unidos à Síria, informou o serviço de monitoramento SITE neste domingo após vários dias de incerteza sobre se ele sobreviveu à ofensiva.

Uma autoridade dos EUA disse em 24 de setembro que o país acreditava que Moshin al-Fadhli, um integrante sênior da al Qaeda, fora morto no dia anterior, mas o Pentágono anunciou várias horas mais tarde que ainda estava investigando o que acontecera com ele.

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Em tuíte publicado em 27 de setembro, um jihadista ofereceu condolências pela morte de Fadhli, nascido no Kuwait e conhecido como Abu Asmaa al-Kuwati ou Abu Asmaa al-Jazrawi, segundo a Site, organização baseada nos EUA que monitora grupos militantes online.

Em Washington, o vice-assessor de segurança nacional da Casa Branca, Tony Blinken, disse que autoridades dos EUA ainda não podem confirmar a morte.

"Queremos ter certeza de que ele não está, em efeito, falseando sua morte para se esconder", disse Blinken ao "Fox News Sunday". "Mas há sinais sérios de que ele foi removido".

Suposto chefe jihadista do EI é detido na Espanha

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Um juiz espanhol enviou neste domingo à prisão, sem direito a pagamento de fiança, o suposto chefe da célula jihadista vinculada ao Estado Islâmico (EI) detido na sexta-feira na cidade de Melilha (norte da África) em uma operação na qual foram presas outras oito pessoas relacionadas com este grupo em Nador, no Marrocos.

Segundo informaram fontes jurídicas, o juiz acusa M.S.M, de nacionalidade espanhola e de origem marroquina, por um delito de terrorismo ao considerar credenciada uma "alta probabilidade" de se tratar do líder de um grupo de caráter jihadista estabelecido na cidade de Chiker/Farkhana, na província de Nador, e Melilha.

Desse grupo, integrado principalmente por marroquinos, dois deles foram em 21 de julho a uma zona indeterminada da Síria ou Iraque controlada pelo EI, com o qual compartilham ideário.

Os membros do grupo se dedicariam ao doutrinamento e proselitismo, "tendo como fim emigrar para se unir à organização EI".

No caso do detido, foi encontrado um caderno com alusões a essa "imigração", com alusões a um texto que poderia ser interpretrado como despedida.

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Por causa da desarticulação desta célula, o Ministério espanhol do Interior informou que o detido se valia da experiência de seu irmão, um ex-militar especialista no manejo de armas e explosivos que poderia estar combatendo com o EI na Síria e Iraque, para desenvolver as atividades terroristas coordenando a estrutura agora desmantelada.

As investigações conjuntas dos serviços policiais da Espanha e Marrocos concluem, segundo o ministério, que o grupo agora desarticulado desenvolvia atividades próprias de "uma autêntica milícia terrorista", como treinamentos físicos específicos e a adoção de ferrenhas medidas de segurança para burlar o controle policial.

Os membros desta estrutura também coordenavam suas atuações com grupos vinculados à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) estabelecidos no norte do Mali.

Pelas investigações realizadas, não se descarta que os jihadistas retornados, após permanecer em zonas de conflito como a Síria e Iraque, se enquadrem em células ativas para a comissão de atentados tanto no Marrocos como na Europa seguindo as instruções das organizações terroristas matrizes de referência.

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Com informações da Reuters e EFE. 

Desvendando o Estado Islâmico

Fonte: Terra
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