O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou a decisão tomada neste sábado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de solicitar a autorização do Congresso americano a tomar ações contra a Síria, por considerar que isto coloca o legislativo americano acima dos mecanismos internacionais, como uma "espécie de corte mundial".
"É muito grave que o presidente Obama pretenda substituir os organismos da ONU, que tenha julgado, condenado o governo da Síria e decidido invadir, atacar militarmente o povo da Síria e agora coloque o Congresso dos Estados Unidos como uma espécie de alta corte mundial que substitui o Conselho de Segurança", disse Maduro este sábado na Guiana, ao deixar a cúpula binacional com o colega guianense Donald Ramotar.
Neste sábado, o presidente Obama anunciou na Casa Branca a decisão de pedir a autorização do Congresso para atacar a Síria, apesar de a ONU ter pedido "tempo" para apresentar um relatório "imparcial" e "confiável" sobre o uso de armas químicas no país.
Em sua declaração, Obama assegurou que o ataque com armas químicas, praticado contra vários subúrbios de Damasco em 21 de agosto, representa uma "ameaça que deve ser confrontada" com o poderio militar americano.
"Isto não se pode permitir", disse Maduro este sábado. "Se forem rompidos os mecanismos multilaterais e a legalidade internacional, definitivamente o que vem neste mundo é guerra e destruição", acrescentou o presidente venezuelano, que repudiou várias vezes as intenções americanas de atacar a Síria.
O presidente guianense também expressou seu repúdio à decisão de Obama, ao reiterar que os Estados Unidos devem esperar "a ratificação do Conselho de Segurança da ONU".
Na sexta-feira passada, líderes dos 12 países-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) aprovaram de Paramaribo, Suriname, uma declaração na qual expressaram sua "extrema" preocupação com a situação na Síria e condenaram "as intervenções externas que sejam incompatíveis com a Carta das Nações Unidas".
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Diante das evidências que aponta para o uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil do país, a comunidade internacional costura a possibilidade de uma intervenção militar para "punir" o governo de Bashar al-Assad. Apesar de teoricamente uma intervenção precisar de apoio do Conselho de Segurança da ONU, algumas fontes aponta que o início de um ataque militar é iminente. Esta eventual ação seria liderada pelos Estados Unidos e reuniria vários países ocidentais, como a França e a Grã-Bretanha, com o apoio de países da região, como a Turquia. Conheça parte do arsenal bélico e das instações desta coalizão para um eventual ataque. Na imagem, o destróier americano USS Gravely, na costa da Grécia, em junho de 2013
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Avião americano F-16 decolando de base aérea em Azraq, na Jordânia
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Tanques israelenses nas Colinas de Golã, próximo à fronteira com a Síria
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Aviões americanos F-15 Eagles
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Avião americano F-16CJ na base aérea de Incirlik, na Turquia
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Soldados americanos descarregam mísseis AIM-9 Sidewinder na base aérea de Incirlik
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Bombas MK-82 na base aérea americana de Incirlik, na Turquia
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Sistema de defesa Patriot em Kahramanmaras, na Turquia
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio-tanque USNS Leroy Grumman, no Mar Mediterrâneo
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Helicóptero Apache da Real Força Aérea britânica
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Avião AV-8B Harrier decola do porta-aviões USS Kearsarge, no Mar Mediterrâneo
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Aviões bombardeiros Tornado da Real Força Aérea britânica
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Base aérea britânica em Limassol, no Chipre
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Destróier americano USS Mahan
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio de guerra USS Gettysburg
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Destróier USS Ramage
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Destróier americano USS Barry, no Mar Mediterrâneo
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Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle
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Míssil Tomahawk disparado do destróier USS Barry
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Bateria de defesa israelense Domo de Ferro, em Haifa
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