Mais de 1.600 pessoas morreram no Iraque em julho

Atentados nesta sexta-feira mataram 10 pessoas em Bagdá e feriram outras 29

1 ago 2014 - 08h37
(atualizado às 09h35)
Atentados deixaram 10 mortos nessa sexta-feira em Bagdá
Atentados deixaram 10 mortos nessa sexta-feira em Bagdá
Foto: ALI AL-SAADI / AFP

Mais de 1.600 pessoas, em sua maioria civis, morreram em julho no Iraque, onde os insurgentes sunitas, liderados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), se apoderaram em uma ofensiva lançada em junho de amplos territórios no norte e oeste do país, segundo fontes oficiais.

O balanço estabelecido pelos ministérios do Interior, da Defesa e de Saúde registrou 1.401 civis, 185 soldados e 85 policiais mortos nestes combates, que também deixaram 2.104 pessoas feridas, entre elas 246 militares e 153 agentes.

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Os insurgentes sunitas não forneceram, por sua vez, nenhum balanço.

Já o representante das Nações Unidas no Iraque, Nickolai Mladenov, comunicou um balanço de 1.737 falecidos em julho e mostrou sua preocupação pelo aumento de vítimas entre a população civil.

Apesar de alarmantes, os números representam uma queda em relação a situação do mês anterior. Em junho, o Iraque registrou seu mês mais mortífero desde 2007, com 2.400 iraquianos mortos como consequência da violência.

Dez mortos em Bagdá nesta sexta-feira

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Insurgentes sunitas, liderados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), se apoderaram de cidades importantes após ofensiva lançada em junho
Foto: Stringer / Reuters

Ao menos dez pessoas morreram e 29 ficaram feridas nesta sexta-feira em uma série de atentados em Bagdá, anunciaram fontes policiais e de saúde.

O ataque com mais vítimas ocorreu no bairro xiita de Sadr City, no norte da capital, onde ao menos sete pessoas morreram e 21 ficaram feridas.

No centro de Bagdá, três bombas explodiram quase simultaneamente perto de uma mesquita xiita próxima à praça Jolania, que deixaram três mortos e oito feridos.

Em junho, o grupo rebelde Estado Islâmico ocupou amplas áreas no norte do Iraque, quase sem oposição por parte do Exército iraquiano, e ameaçou seguir em direção a Bagdá, mas sua ofensiva parou logo ao norte da capital.

A campanha dos insurgentes tem instigado as tensões religiosas e ameaça a sobrevivência do Iraque como um Estado unificado. A situação lembra o pior momento da luta sectária no país, na década passada, e representa o maior perigo para a estabilidade do Iraque, que é membro da Opep, desde a queda de Saddam Hussein, em 2003.

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Com informações da AFP e Reuters.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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