Mais de 500.000 civis fugiram dos combates na cidade iraquiana de Mossul e em sua região, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
As equipes da OIM no local consideram que a violência durante o fim de semana, consequência do ataque e da tomada de controle por grupos jihadistas da segunda maior cidade do Iraque, provocou "o deslocamento de mais de 500.000 pessoas no interior e ao redor da cidade".
A OIM, uma organização internacional independente com sede en Genebra, afirma que "muitas vítimas são civis".
"Não é possível acessar o principal centro de saúde, formado por quatro hospitais, porque está dentro de uma zona de combates".
"Algumas mesquitas se transformaram em clínicas para atender os feridos", explica a organização.
Segundo a OIM, os habitantes fogem a pé porque o uso de carros foi proibido no centro da cidade. Além disso, Mossul sofre com a falta de água potável e alimentos.
Avanço sobre refinaria
Os militantes islamitas avançaram sobre a cidade de Baiji, sede de uma refinaria de petróleo, e colocaram fogo no tribunal e na delegacia de polícia local, informaram fontes da segurança nesta quarta-feira.
Segundo as fontes, 250 guardas da refinaria tinham concordado em se retirar para outra cidade depois que os militantes enviaram uma delegação de chefes tribais da região para convencê-los a sair.
Jasim al-Qaisi, morador de Baiji, declarou que os militantes também ameaçaram a polícia e os soldados para que não os desafiassem.
A refinaria de Baiji é a maior do Iraque e fornece derivados de petróleo para a maioria das províncias do país.
Com informações da AFP e Reuters.