Mais de 900 pessoas morreram em maio no Iraque, diz ONU

Maioria foi vítima de ataques terroristas

1 jun 2014 - 15h40
(atualizado às 15h41)
<p>Policial iraquiano é fotografado ao lado de veículos em chamas momentos após uma série de bombas atingirem o reduto xiita de Sadr City, em Bagdá, no Iraque, em 13 de maio</p>
Policial iraquiano é fotografado ao lado de veículos em chamas momentos após uma série de bombas atingirem o reduto xiita de Sadr City, em Bagdá, no Iraque, em 13 de maio
Foto: AP

Mais de 900 pessoas morreram em meio à violência no Iraque no mês de maio, afirmou neste domingo as Nações Unidas e autoridades do país, onde a violência está em seu nível mais alto em seis anos.

De acordo com a missão da ONU no Iraque, pelo menos 799 iraquianos foram mortos em "atos terroristas" e 195 outros morreram como resultado de operações militares na província ocidental de Anbar, onde Exército enfrenta insurgentes há cinco meses.

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Já os ministérios iraquianos registraram 938 mortos, incluindo 804 civis, e 1.463 feridos durante o mês que se seguiu às eleições legislativas de 30 de abril.

"Lamento profundamente o nível contínuo de violência (...) que continua a atingir o país", disse em um comunicado o enviado especial da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.

"Peço aos líderes políticos ações rápidas para a formação de um governo inclusivo, e se concentrar em uma solução prática para a situação na (província de) Al-Anbar", acrescentou.

A coalizão xiita do primeiro-ministro Nouri al-Maliki lidera as eleições de 30 de abril, mas os resultados oficiais ainda não foram anunciados.

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As autoridades culpam a violência que atinge o país a fatores externos, entre os quais a guerra na vizinha Síria. Mas diplomatas e especialistas dizem que a violência é impulsionada principalmente pelo descontentamento da minoria sunita, que se sente marginalizada pelas autoridades.

Na província de Al-Anbar, os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL) e combatentes de tribos assumiram o controle no início de janeiro de bairros de Ramadi e de toda a cidade de Fallujah, desde então, o Exército tenta recuperar a região.

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