Mais de 900 pessoas morreram em meio à violência no Iraque no mês de maio, afirmou neste domingo as Nações Unidas e autoridades do país, onde a violência está em seu nível mais alto em seis anos.
De acordo com a missão da ONU no Iraque, pelo menos 799 iraquianos foram mortos em "atos terroristas" e 195 outros morreram como resultado de operações militares na província ocidental de Anbar, onde Exército enfrenta insurgentes há cinco meses.
Já os ministérios iraquianos registraram 938 mortos, incluindo 804 civis, e 1.463 feridos durante o mês que se seguiu às eleições legislativas de 30 de abril.
"Lamento profundamente o nível contínuo de violência (...) que continua a atingir o país", disse em um comunicado o enviado especial da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.
"Peço aos líderes políticos ações rápidas para a formação de um governo inclusivo, e se concentrar em uma solução prática para a situação na (província de) Al-Anbar", acrescentou.
A coalizão xiita do primeiro-ministro Nouri al-Maliki lidera as eleições de 30 de abril, mas os resultados oficiais ainda não foram anunciados.
As autoridades culpam a violência que atinge o país a fatores externos, entre os quais a guerra na vizinha Síria. Mas diplomatas e especialistas dizem que a violência é impulsionada principalmente pelo descontentamento da minoria sunita, que se sente marginalizada pelas autoridades.
Na província de Al-Anbar, os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL) e combatentes de tribos assumiram o controle no início de janeiro de bairros de Ramadi e de toda a cidade de Fallujah, desde então, o Exército tenta recuperar a região.