Militantes iraquianos xiitas executaram 15 muçulmanos sunitas e depois penduraram os corpos em postes de eletricidade em uma praça pública na cidade de Baquba, a nordeste de Bagdá, nesta quarta-feira, disse a polícia.
Com o Iraque se aproximando cada vez mais de uma guerra civil sectária, um carro-bomba explodiu perto de restaurantes e lojas no bairro xiita de Sadr City, em Bagdá, matando 16 pessoas, enquanto outro carro-bomba matou cinco no distrito de Ameen, também na capital, segundo a polícia.
Um policial no local do crime em Baquba, uma cidade habitada por sunitas e xiitas a 65 quilômetros de Bagdá, disse acreditar que a exibição horrível dos corpos foi projetada para avisar sunitas a não apoiar o Estado Islâmico, um ramo da Al Qaeda que tomou porções de terra em um avanço pelo norte do Iraque.
As vítimas, que haviam sido sequestradas durante a última semana, foram baleadas na cabeça e no peito e, em seguida, penduradas por cabos. "As milícias estão impedindo a equipe médica de retirar os corpos", disse o policial.
"Elas estão seguindo uma nova tática de manter corpos pendurados por um longo tempo para convencer a população sunita a não apoiar o Estado Islâmico. Pedimos a elas que nos deixem retirar os corpos, mas recusaram."
O primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, está no poder em caráter interino, depois de ter vencido uma eleição parlamentar em abril, mas não conseguiu ganhar apoio suficiente das minorias sunita e curda, bem como de companheiros xiitas para formar um novo governo.
Maliki prometeu em seu discurso semanal à nação nesta quarta-feira acabar com a ameaça do Estado Islâmico.