Militares de Israel abrem 8 novas investigações sobre sua conduta de guerra em Gaza

7 dez 2014 - 09h24

Militares de Israel disseram que abriram oito novas investigações criminais sobre suas operações de guerra em Gaza, incluindo casos que envolvem a morte de 30 palestinos.

Os inquéritos internos poderiam ajudar Israel a desafiar o trabalho de uma comissão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por suas forças e militantes palestinos no conflito de 50 dias em julho e agosto. Israel disse que não iria cooperar com o painel, acusando-o de parcialidade.

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Mais de 2.100 palestinos, a maioria civis, foram mortos no conflito, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Sessenta e sete soldados israelenses e seis civis em Israel foram mortos.

Os militares disseram no sábado que iriam investigar um ataque aéreo de 20 de julho na casa da família Abu Jama, na cidade de Khan Younis, em que 27 palestinos foram mortos. Grupos de direitos humanos disseram que os mortos eram civis.

As novas investigações também irão analisar as mortes de dois motoristas de ambulâncias palestinas em 25 de julho em ataques israelenses e um incidente de 29 de julho, no qual, de acordo com um grupo de direitos humanos, um palestino levando uma bandeira branca foi morto.

Quatro outros inquéritos vão investigar alegações de saques.

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Em setembro, os militares abriram cinco investigações criminais sobre suas operações de guerra em Gaza, incluindo ataques que mataram quatro crianças palestinas em uma praia e 17 pessoas em uma escola da ONU. Cerca de 85 incidentes estão sob diversos estágios de revisão legal pelos militares.

Israel disse que o Hamas tem a responsabilidade final pelas vítimas civis porque os combatentes do grupo operaram em bairros lotados.

Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas em Gaza, disse que as novas investigações israelenses eram destinadas a contornar o inquérito da ONU. Ele pediu "investigações independentes para levar os criminosos de guerra israelenses à justiça".

(Reportagem de Jeffrey Heller e Dan Williams em Jerusalém e Nidal al-Mughrabi em Gaza)

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