Ministro libanês cobra atitudes firmes em relação a Israel

Um dia após a troca de mísseis entre Israel e combatentes liderados pelo Hamas, na Faixa de Gaza,  terem atingido regiões próximas à fronteira entre Israel e o Líbano, o ministro de Negócios Estrangeiros libanês, Gibran Bassil, reagiu com críticas à comunidade internacional. Segundo o chanceler, Beirute toma todas as medidas legais cabíveis, mas vê agressões passarem impunes.

“O Líbano sempre tomas as medidas legais necessárias nesse aspecto, mas não é desta vez, a respeito da posição libanesa, como é bem sabido, que veremos uma mudança no comportamento da comunidade internacional”, afirmou Bassil a jornalistas, logo após audiência com o vice-presidente brasileiro, Michel Temer. “Quando as leis internacionais e quando agressões estão ocorrendo sem qualquer medidas, sem qualquer Justiça, essa é a questão”, questionou.

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Segundo o chanceler do Líbano, Israel sempre costuma atacar e agredir países vizinhos, mesmo em seus territórios. “Eu acho que o Líbano, a região e a Justiça, requerem atitudes firmes da comunidade internacional para interromperem as agressões”, declarou.

Diante da escalada de tensão na região, Gibran Bassil disse que o Líbano sofre ataques duplos e acusou o governo israelense de agir com terrorismo na região. “Estamos enfrentando dois tipos de tipos de terrorismo na região: um que está vindo de um Estado, que é Israel, e outro que vem de grupos terroristas, que matam pessoas por suas crenças”, disse o chanceler libanês.

Apesar do descontentamento com os foros multilaterais, o ministro de Negócios Estrangeiros do Líbano elogiou a postura brasileira e disse que o país age como “amigo de verdade”.

A agenda de Bassil em Brasília inclui ainda uma visita e assinatura de acordos no Ministério das Relações Exteriores, bem como encontros com os ministros da Defesa e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

De acordo com o vice-presidente Michel Temer, o “Brasil tem uma posição de diálogo, de pacificação daquela região há muito tempo”. Dentre as ações brasileiras elencadas por Temer estão a instalação de uma força naval, que está na região, e também a criação de um posto de adido militar em Beirute para inter-relacionar as forças armadas brasileiras com as forças libanesas.