O líder do libanês Hezbollah disse nesta sexta-feira que o grupo não deseja travar uma guerra com Israel, mas estava preparado para um eventual conflito, reservando-se o direito de retaliar ataques israelenses a qualquer momento, em qualquer lugar.
“Não queremos uma guerra, mas não temos medo de um conflito e temos que saber a diferença entre essas duas coisas, e os israelenses devem também compreender isso muito bem”, disse Sayyed Hassan Nasrallah.
Os comentários de Nasrallah foram feitos durante um evento em homenagem aos seis combatentes do Hezbollah e um general iraniano que foram mortos durante um ataque aéreo israelense em 18 de janeiro.
O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, respondeu ao ataque na quarta-feira, lançando foguetes que mataram dois soldados israelenses na fronteira com o Líbano.
A violência elevou a tensão entre Israel e o Hezbollah ao pior nível desde uma guerra de 34 dias em 2006, mas ambos os lados pareceram recuar de uma escalada maior.
Dirigindo-se a um salão repleto de apoiadores por meio de uma videoconferência, Nasrallah disse considerar Israel culpado pelo assassinato de qualquer um de seus líderes ou soldados.
“Temos o direito de responder em qualquer lugar e a qualquer momento, e da maneira que considerarmos apropriada”, disse Nasrallah. O discurso foi transmitido ao vivo por canais de notícias árabes e comemorado com rajadas de tiros em Beirute.
Israel não emitiu comentários imediatamente após o discurso de Nasrallah, mas pouco antes o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, culpara os apoiadores iranianos do Hezbollah pelo agravamento na violência.