O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliação, neste domingo, após o presidente palestino Mahmoud Abbas tomar medidas "unilaterais" na direção de um Estado próprio.
Netanyahu não especificou imediatamente que medidas deve tomar e disse que Israel permanece disposto a participar do processo de paz mediado pelos Estados Unidos, mas não "a qualquer custo".
"Eles vão se tornar um Estado apenas por meio de negociações diretas e não com proclamações vazias e medidas unilaterais, que só vão afastar um acordo de paz", disse Netanyahu ao seu gabinete na sua reunião semanal.
Na terça-feira, Abbas assinou 15 acordos internacionais, inclusive a Convenção de Genebra, sobre conduta em guerras e ocupações, uma desafiadora assertiva de condição de Estado.
As intensas tentativas do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de recolocar nos trilhos as conversas, que começaram em julho, e estendê-las para além do prazo final de 29 de abril, foram por água abaixo na semana passada, depois do movimento surpresa de Abbas.
Para os palestinos, Abbas tomou essa medida em resposta ao fracasso de Israel de cumprir a promessa de libertar dezenas de prisioneiros palestinos. Israel disse que, antes, queria um compromisso palestino de que continuariam as negociações depois do fim do mês.