Alguns grupos islâmicos da Síria rejeitaram o anúncio de um califado islâmico por um rival cada vez mais poderoso. Nove grupos, incluindo militantes e acadêmicos religiosos, rejeitaram a declaração do Estado Islâmico, um braço da Al Qaeda, que declarou o seu líder como o governante do mundo muçulmano no domingo, após os ganhos militares no vizinho Iraque.
O grupo, anteriormente chamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), apreendeu partes do leste da Síria e oeste do Iraque, mas ainda está lutando contra combatentes islâmicos rivais na Síria.
"Os termos do califado não foram realizados no momento, especialmente em termos de organizações estatais", disse um comunicado de nove grupos, pedindo aos muçulmanos para evitar se aliar ao Estado Islâmico.
Eles também disseram que o anúncio seria usado como pretexto por potências estrangeiras que querem desequilibrar a disputa contra os rebeldes que buscam derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, e iria melhorar sua imagem no Ocidente como um líder legítimo.
A declaração de 30 de junho, que ativistas sírios disseram ser aparentemente genuína, foi assinada por grupos, incluindo a Frente Islâmica, uma coalizão islamita que inclui combatentes apoiados por sauditas, e pelos principais estudiosos islâmicos sírios em exílio.
A facção da Al-Qaeda oficial sírio, a Frente Nusra, um dos principais rivais do Estado Islâmico no país, ainda não comentou.
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