O grupo jihadista Estado islâmico (EI) divulgou nesta segunda-feira um vídeo que mostra um refém britânico aparentemente em Kobane, na intenção de afirmar que não está perdendo a batalha pela cidade na fronteira da Síria.
Esse vídeo, o último de uma série exibida pelo repórter John Cantlie, de 43 anos, sequestrado no ano passado, mostra o refém em uma cidade destruída pela guerra, falando para a câmera e negando as afirmações americanas de que os "mujahedines" estão em retirada.
Não há indicação alguma de quando o vídeo foi filmado, mas Cantlie se refere a uma notícia difundida pela rede BBC no dia 17 de outubro e às declarações de um porta-voz militar americano em 16 de outubro.
O vídeo de Kobane inclui tiros disparados a partir de silos de grãos cobertos com uma bandeira turca, que corresponderiam aos exibidos em mapas de áreas próximas ao outro lado da fronteira.
Imagens aéreas da cidade, que o grupo apresentou como alvo de um "Drone do Exército do Estado Islâmico", mostram uma cidade destroçada, cujo mapa das ruas corresponde àquele feito por satélite antes da guerra.
Cantlie desmentiu as notícias de que o EI fracassou na tomada da cidade curda, declarando que a organização controla o leste e o sul de Kobane e que sua vitória é apenas questão de tempo.
Desde o dia 17 de outubro, data a partir da qual o vídeo pode ter sido gravado, o confronto continua Kobane. Os combatentes curdos são apoiados por ataques aéreos de países árabes e dos Estados Unidos em sua luta contra os jihadistas.