Os jihadistas, que nesta quinta-feira assumiram o controle de várias cidades ao norte do Iraque, provocaram a fuga de 100 mil cristãos e retiraram as cruzes das igrejas, anunciou o patriarca caldeu Louis Sako.
"Há 100 mil deslocados cristãos que fugiram, alguns a pé, para a região do Curdistão", afirmou o patriarca à AFP".
Os jihadistas assumiram nesta quinta-feira o controle de Qaraqosh, a maior cidade cristã do país, e outras áreas perto de Mossul (norte), segundo testemunhas e representantes religiosos. Qaraqosh é uma cidade totalmente cristã que fica entre Mossul, principal cidade sob controle dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), e Erbil, a capital regional curda. Tem população de 50 mil pessoas.
"É uma catástrofe, uma situação trágica. Pedimos ao Conselho de Segurança da ONU que atue de maneira imediata. Dezenas de milhares de pessoas aterrorizadas estão sendo expulsas de suas casas no momento em que conversamos. Não é possível descrever o que está acontecendo", disse à AFP o monsenhor Joseph Thomas, arcebispo caldeu de Kirkuk e Suleimaniya.
Tal Kaif, que tem uma comunidade cristã significativa e integrantes da minoria xiita shabak, também foi abandonada por moradores durante a noite.
"Sei que as cidades de Qaraqosh, Tal Kaif, Bartela e Karamlesh viram a saída da população e estão agora sob controle dos milicianos", afirmou Jospeh Thomas, arcebispo caldeu de Kirkuk e Suleimaniya, à AFP.
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"Tanto o governo como as autoridades curdas são incapazes de defender nosso povo. Devem trabalhar juntos, com apoio internacional e equipamento militar moderno", completou.
"Hoje fazemos um apelo com muita dor e tristeza ao Conselho de Segurança da ONU, à União Europeia e às organizações humanitárias, para que ajudem estas pessoas em perigo", insistiu.
"Espero que não seja tarde para evitar um genocídio", completou o patriarca.
Onze cristãos iraquianos, membros da mesma família, chegaram nesta quinta-feira a Paris com visto de asilo. Eles descreveram a situação dos cristãos do Iraque como "catastrófica".
Centenas de yazidis fogem para a Turquia
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Centenas de yazidis do Iraque, uma minoria em perigo ante o avanço dos jihadistas sunitas, estão buscando refúgio na Turquia, informou uma fonte oficial turca que pediu para não ser identificada.
Segundo a fonte, o número exato de refugiados ainda não é certo, mas outra fonte diplomática falou de algo em torno de 600 e 800 pessoas.
Os refugiados estão abrigados em um complexo de Silopi, cidade situada nas proximidades da fronteira entre o Iraque e a Turquia.
Outros refugiados, famílias inteiras que tiveram de caminhar por horas em água ou alimentos, estão à espera de permissão para entrar na Turquia.
"Não discriminamos de forma étnica nem religiosa quem quiser vir para a Turquia", indicou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, ao canal NTV.
Ele enfatizou, no entanto, que em vista da experiência síria, a Turquia, que recebeu mais de 1,2 milhão de refugiados sírios desde o início do conflito neste outro Estado fronteiriço, preferia abrigar os refugiados iraquianos, sejam yazidis, turcomanos (comunidade de língua turca) ou curdos, em campos instalados no interior do Iraque, em zonas seguras.
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Davutoglu convocou para uma reunião os comandantes militares para abordar a questão humanitária e de segurança no norte do Iraque, onde a ofensiva do Estado Isâmico (EI) provoca o êxodo de milhares de cristãos.
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06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
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10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
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11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
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11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
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11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
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12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
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12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
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12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
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12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
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12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
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15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
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16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
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16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
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19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
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19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
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19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
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19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
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20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
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20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
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22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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