ONU negocia libertação de funcionários capturados na Síria

Os homens foram sequestrados nas Colinas de Golã na última quinta-feira

29 ago 2014 - 17h26
(atualizado às 17h28)
<p>Tropas de observadores da ONU observam a província de Quneitra, Síria, nas Colinas de Golã, em 29 de agosto</p>
Tropas de observadores da ONU observam a província de Quneitra, Síria, nas Colinas de Golã, em 29 de agosto
Foto: Ariel Schalit / AP

Altos funcionários das Nações Unidas estão tentando obter a libertação dos 44 Capacetes Azuis retidos por rebeldes sírios que também sitiam outros 72 soldados da paz na Colina de Golã, informou o porta-voz Stephane Dujarric.

"As conversações estão em andamento e não quero entrar em detalhes", acrescentou.

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Os Capacetes Azuis da ONU são encarregados de supervisionar a trégua entre Israel e Síria na zona fronteiriça.

As Nações Unidas confirmaram que um grupo armado capturou na quinta-feira 44 capacetes azuis no lado sírio das Colinas de Golã. Outros 72 militares da ONU, todos filipinos, estão retidos entre duas localidades da região.

Além dos militares de Fiji, outros cinco países contribuem com homens para esta força: Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.

As fontes da ONU informaram que observadores desta força já haviam sido detidos duas vezes no ano passado e posteriormente libertados ilesos.

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Segundo a porta-voz da ONU Stéphane Dujarric, os capacetes azuis foram capturados em meio a violentos combates entre o Exército sírio e grupos armados da oposição.

O incidente ocorreu na região de Al-Qunaytirah, na zona de separação delimitada em 1974 entre Síria e Israel e patrulhada pela a la UNDOF.

O Conselho de Segurança acusou grupos "terroristas e membros de grupos armados instáveis" pelo sequestro, sem dar detalhes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "condenou energicamente a detenção" dos capacetes azuis de Fiji e pediu a "suspensão das restrições" de deslocamento dos 81 soldados filipinos.

Em entrevista coletiva concedida na quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, sinalizou que não há planos de ataques imediatos dos Estados Unidos na Síria e admitiu que Washington ainda está desenvolvendo uma estratégia para lidar com o conflito nessa região.

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