Forças israelenses atiraram e mataram um menino palestino em uma aldeia na Cisjordânia ocupada nesta quinta-feira, disseram médicos e moradores locais à Reuters.
Bahaa Badr, de 13 anos, foi baleado no peito quando forças israelenses entraram em Beit Liqya, perto da linha fronteiriça com Israel, e foram apedrejadas por jovens locais, disseram as fontes.
Não está claro se o menino participou do confronto, que o Exército israelense descreveu como um "motim ilegal", em que moradores jogaram coquetéis molotov contra suas forças conforme deixavam a aldeia.
Um porta-voz militar disse que os soldados responderam com fogo e que o Exército investigará a morte da criança.
Com esse caso, já são 42 palestinos mortos por causa de disparos das forças israelenses na Cisjordânia neste ano.
A morte de Badir aumentou a tensão entre a Cisjordânia e o leste de Jerusalém, onde nesta noite foram registrados conflitos entre jovens palestinos e forças de seguranças israelenses, além de ataques de colonos à propriedades palestinas.
Os distúrbios na região do centro velho de Jerusalém, tomado pela polícia de Israel, cresceram por causa da decisão israelense de impedir o acesso à esplanada das mesquitas aos menores de 50 anos.
Extremistas judeus invadiram a casa de uma família palestina e arrancaram as bandeiras negras, que representam a fé muçulmana.
Por outro lado, um grupo de palestinos atirou contra um veículo e uma patrulha israelense no bairro árabe de Silwan.
Israel tem ocupado a Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde que capturou esses territórios na guerra de 1967. Os palestinos querem os territórios, juntamente com a Faixa de Gaza, para seu futuro Estado.
As tensões na Cisjordânia ocupada aumentaram desde a guerra de sete semanas de Israel em Gaza, em julho, que matou mais de 2 mil palestinos, a maioria civis, e mais de 70 israelenses, quase todos soldados.
As negociações de paz entre Israel e os palestinos mediadas pelos Estados Unidos entraram em colapso em abril.
Com informações da Reuters e EFE.
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