Palestinos aceitam novo cessar-fogo de 72h em Gaza

Israel havia concordado, mas, em seguida, uma fonte disse que a proposta ainda estava sendo examinada

10 ago 2014 - 13h13
(atualizado às 13h17)
<p>O dirigente do movimento Fatah Azzam al Ahmad, que lidera a delegação de facções palestinas no Cairo, anunciou que deixará o país se israelenses não retomassem as negociações</p>
O dirigente do movimento Fatah Azzam al Ahmad, que lidera a delegação de facções palestinas no Cairo, anunciou que deixará o país se israelenses não retomassem as negociações
Foto: Dusan Vranic / AP

Um novo cessar-fogo de 72 horas na Faixa de Gaza foi concluído entre Israel e os palestinos através da mediação egípcia, anunciou à AFP um dirigente palestino.

A fonte informou que houve um consenso entre as duas partes de que o Egito vai anunciar oficialmente a hora em que terá início a nova trégua.

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No entanto, em seguida, uma fonte israelense informou que Israel está examinando a proposta de trégua.

"Fim do Hamas"

As declarações foram feitas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar que seu país não participaria dos esforços de paz enquanto estivesse sob ataque. Desde sexta-feira, quando a trégua de 72 horas entre os dois lados expirou, cerca de 100 mísseis foram disparados sobre Israel. No mesmo período, aviões israelenses realizaram pelo menos 120 ataques na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país não participaria dos esforços de paz enquanto estivesse sob ataque
Foto: Jim Hollander / AP

O líder da delegação palestina no Cairo, Azzam al Ahmad, pediu que Israel retornasse à mesa de negociações, sem impor condições. O premiê israelense, porém, manteve a posição de que seu país não negociaria nas atuais circunstâncias.

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"A operação 'Borda Protetora' continua", disse Netanyahu em Tel Aviv. "Ela continuará até atingirmos o nosso objetivo: restaurar a calma por um período prolongado de tempo. Israel não negociará sob fogo."

Pelo menos dois ministros israelenses defenderam uma operação militar para derrubar o Hamas, o grupo islâmico radical que controla Gaza.

"Esta situação não pode continuar", disse o chanceler Avigdor Lieberman, antes de uma reunião de gabinete. "Não há dúvidas de que a única opção que nos resta é vencer o Hamas, limpar o território e sair o mais rápido possível." O ministro do Interior, Gideon Saar, concordou: "O que nós temos que fazer é quebrar o poder militar do Hamas em Gaza."

Desde 8 de julho, quase 2 mil pessoas já morreram no conflito entre Israel e o Hamas. Do lado palestino, foram registradas 1.900 vítimas, inclusive 449 crianças, 243 mulheres e 87 homens idosos. Entre os israelenses houve 67 mortos, dos quais três são civis.

Com informações da AFP e Deutsche Welle.

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Fonte: Terra
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