Palestinos apresentam provas de crimes de guerra de Israel

Medida pode deixar Israel em um dilema, já que precisa decidir se irá cooperar com a investigação do TPI ou se irá se isolar

25 jun 2015 - 16h11
(atualizado às 17h41)
Garota palestina observa casa da família em Khan Younis, que, segundo testemunhas, foi destruída por ataques de Israel no ano passado.  22/6/2015.
Garota palestina observa casa da família em Khan Younis, que, segundo testemunhas, foi destruída por ataques de Israel no ano passado. 22/6/2015.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

A Autoridade Palestina fez sua primeira apresentação de provas de supostos crimes de guerra israelenses ao Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira, tentando acelerar um inquérito do organismo sobre os abusos cometidos durante o conflito do ano passado em Gaza.

A medida pode deixar Israel em um dilema, já que precisa decidir se irá cooperar com a investigação do TPI ou se irá se isolar na condição de um dos poucos países que se recusaram a trabalhar com seus promotores.

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Israel nega as alegações de crimes de guerra durante o confronto de 2014 no enclave palestino e acusa militantes islâmicos que controlam a Faixa de Gaza de atrocidades por dispararem milhares de foguetes contra centros populacionais israelenses.

Falando do lado de fora do TPI depois de se reunir com a promotora-chefe da corte, Fatou Bensouda, o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, disse ter submetido dossiês sobre o conflito de Gaza, sobre assentamentos israelenses em terras ocupadas onde os palestinos querem fundar um Estado e sobre o tratamento de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

“A Palestina é um teste para a credibilidade dos mecanismos internacionais ... um teste no qual o mundo não pode se dar ao luxo de fracassar. A Palestina decidiu buscar justiça, não vingança”, afirmou Maliki.

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Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou: “A medida palestina não é mais do que uma tentativa de manipular o TPI, e esperamos que a promotora não caia na armadilha”.

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