Uma figura proeminente da autodeclarada força policial do Estado Islâmico na Síria, que cometeu decapitações, foi encontrado decapitado na província de Deir al-Zor, no leste do país, disse nesta terça-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
O homem, um egípcio, era conhecido como "vice-emir" da força al-Hesbah na província, segundo o Observatório, com sede na Grã-Bretanha. Seu corpo, com sinais de tortura, foi encontrado perto de uma estação de energia na cidade de al-Mayadeen, de acordo com o grupo.
O Estado Islâmico conquistou território na Síria e no vizinho Iraque e tem sido alvo de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos nos dois países desde setembro.
O Observatório, que reúne informações por meio de uma rede de fontes no terreno, disse que a mensagem "Este é o mal, seu xeique" também foi encontrada escrita no corpo, que tinha um cigarro na boca.
Não ficou claro quem cometeu a decapitação. Moradores de áreas controladas pelo Estado Islâmico têm dito que o grupo proibiu fumar em público.
Agressores desconhecidos também tentaram matar dois militantes do Estado Islâmico na cidade, disse o Observatório.
A primeira tentativa aconteceu quando um carro tentou atropelar um combatente perto de uma rotatória. Outro foi atingido por um agressor com uma arma de metal em uma motocicleta, e ficou gravemente ferido.
O Estado Islâmico tem combatido outros insurgentes e reprimido a população local. O grupo ocasionalmente também mata seus próprios membros pelo que considera serem violações.
Moradores e ativistas dizem que os militantes decapitaram e apedrejarem dezenas de pessoas nas áreas que controlam por serem combatentes adversários ou por tomarem ações consideradas pelo Estado Islâmico como violações à sua interpretação da lei islâmica, como adultério e blasfêmia.
(Reportagem de Sylvia Westall)