Por anos, o governo do presidente americano Barack Obama combateu a rede terrorista Al-Qaeda e seus afiliados no Paquistão, Iemên e Somália com drones (aviões não-tripulados) operados pela CIA e pelo Pentágono.
Contudo, a mesma estratégia não vem sendo adotada contra o Estado Islâmico, grupo extremista islâmico que vem conquistando cada vez mais territórios do Iraque e da Síria, segundo o Mashable.
De acordo com especialistas, isso se explica pelo fato de os drones não serem mais armas eficientes dados o tamanho e o alcance do Estado Islâmico.
De acordo com Phillip Lohaous, ex-analista das Forças Armadas americanas no Iraque, enquanto drones podem ser eficientes para mirar e assassinar indivíduos, ataques aéreos convencionais são mais eficientes para mirar alvos estratégicos, como posições de artilharia.
Para Jeffrey White, ex-funcionário da Agência de Inteligência da Defesa, os ataques aéreos também têm uma importância simbólica: "Eles querem mandar a mensagem de que os Estados Unidos estão fazendo alguma coisa, e os bombardeios públicos enviam essa mensagem, a de que nós continuamos envolvidos na questão da segurança iraquiana".
Nas últimas semanas, tem se intensificado o debate sobre a interferência dos Estados Unidos na Síria, onde o Estado Islâmico tem se expandido.
Os ataques no território sírio, contudo, sejam por meio de drones ou por meio de equipamentos tradicionais, são complicados por questões estratégicas. Teme-se, por exemplo, que a ofensiva americana ajude o regime de Bashar al-Assad, tido como ditatorial e praticante de atrocidades contra a população civil durante três anos de guerra civil.
O regime sírio afirmou nesta semana que os ataques aéreos americanos em solo sírio seriam considerados atos de agressão caso não recebessem o alvo de Damasco.