O primeiro-ministro iraquiano em fim de mandato, Nuri al-Maliki, anunciou que vai deixar o poder e manifestou apoio ao seu sucessor, Haidar al-Abadi, durante um discurso transmitido pela televisão.
O presidente Massum havia designado na segunda-feira Haidar al-Abadi, um integrante do partido Dawa de Maliki, para que formasse um novo governo, em uma decisão que Maliki considerou uma violação da constituição.
Mesmo abandonado pelos aliados Irã e Estados Unidos, e por membros de seu bloco xiita, Maliki afirmou na quarta que não tinha a intenção de deixar o poder sem uma decisão da corte federal.
Seus críticos culpam o seu governo pelo caos no país, principalmente pelo avanço dos jihadistas. Maliki é acusado de ter mantido uma política de exclusão dos sunitas e de ter sido autoritário durante seus oito anos no poder.
O novo governo terá a difícil tarefa de conter a ofensiva jihadista do Estado Islâmico, que lançou em 9 de junho uma ofensiva no norte do país e assumiu o controle de várias regiões.