Os serviços secretos do Reino Unido identificaram o jihadista britânico suspeito de ter decapitado o jornalista americano James Foley, segundo fontes governamentais citadas neste domingo pelo jornal The Sunday Times.
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De acordo com essas fontes, o serviço de contra-espionagem britânico MI5 e o serviço de espionagem MI6 revelaram que o jihadista é conhecido por outros militantes extremistas como "Jihadi John".
O aparente assassinato de Foley, de 40 anos, e que foi sequestrado na Síria em novembro de 2012, foi divulgado em um vídeo em fóruns jihadistas pelo grupo Estado Islâmico (EI), no qual é possível ouvir o suposto executor da decapitação do jornalista falar em inglês com sotaque de Londres.
Apesar de as fontes oficiais citadas não apresentarem detalhes sobre esse homem, o jornal diz que um suspeito chave é Abdel-Majed Badel Bary, de 23 anos, que deixou sua casa no bairro de Maida Vale, no oeste da capital britânica, em 2013.
Em declarações a esse mesmo jornal, o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, afirmou que a suposta origem britânica do jihadista representa uma "absoluta traição" aos valores do país.
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Hammond declarou que seu governo investe "recursos significativos" para erradicar o que chamou de "barbárie ideológica" e que, segundo ele, pode ameaçar o Reino Unido.
O chefe da diplomacia britânica concordou com outros membros do governo de Londres ao opinar que a "ameaça" procedente de Síria e Iraque pode durar toda uma geração.
"É horrível pensar que o autor deste ato atroz pode ter sido educado no Reino Unido", afirmou o chefe do 'Foreign Office'.
Desde que o governo de coalizão de conservadores e liberais-democratas chegou ao poder, em 2010, mais de 150 cidadãos foram expulsos do Reino Unido por "comportamento inaceitável".
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James Foley era americano e tinha 40 anos. Repórter experiente, cobriu o conflito na Líbia, antes de viajar para a Síria, onde trabalhou na revolta contra o regime de Bashar al-Assad para o site de informações americano GlobalPost, para a Agência France-Presse (AFP) e outros meios de comunicação. O jornalismo era para ele uma segunda carreira, uma vez que se inscreveu na Escola de Jornalismo da Northwestern University, aos 35 anos. Anteriormente, ele foi professor e ensinou detentos a ler e escrever em várias prisões
Foto: Facebook/Find James Foley
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O vídeo intitulado "Mensagem aos Estados Unidos", difundido na terça-feira na internet, o EI mostra um homem encapuzado e vestido de negro que, com uma faca, degola o jornalista americano James Foley, desaparecido desde 2012. As imagens foram declaradas como verdadeiras pela Casa Branca e os próprios pais de Foley disseram acreditar na veracidade do vídeo que foi lançado nas redes sociais pelos extremistas
Foto: Reuters
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No vídeo de seu assassinato, James passa uma mensagem à família e relaciona sua iminente morte ao recente bombardeio americano no Iraque para combater o EI no norte do país. Evidentemente coagido, ele diz: "Peço aos meus amigos, família e amados que se manifestem contra os meus verdadeiros assassinos, o governo dos EUA, porque o que irá acontecer comigo é somente o resultado da complacência e da criminalidade deles"
Foto: Facebook/Find James Foley
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Em sua conta de Twitter, desatualizada desde 2012, quando foi sequestrado pelos extremistas islâmicos na Síria, Foley diz reporto do Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria. Um monte de perguntas, nenhuma resposta
Foto: Facebook/Find James Foley
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A mãe e o irmão de James durante uma entrevista a um canal de TV americano, 2012 (foto). Após as imagens divulgadas na internet do filho sendo decapitado, Diane Foley escreveu uma mensagem nas redes sociais dizendo ser muito orgulhosa de 'Jim'. "Ele percebeu que as histórias que ele queria contar eram as verdadeiras histórias, sobre a vida das pessoas, e ele via o jornalismo como uma maneira de dizer o que realmente acontece no mundo", contou em uma entrevista ao Columbia Journalism Review
Foto: Facebook/Find James Foley
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A mãe do jornalista também pediu que os militantes libertem os outros reféns. "Como Jim, eles são inocentes. Eles não têm controle sobre a política do governo americano no Iraque, na Síria ou em qualquer lugar no mundo", escreveu
Foto: Facebook/Find James Foley
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O pai do jornalista, John, também declarou que, antes de sua fatídica viagem para a Síria, "Jim tinha dito que havia encontrado sua paixão"
Foto: Facebook/Find James Foley
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Foley trabalhou em todo o Oriente Médio, a serviço da publicação americana Global Post e outras empresas, como a agência de notícias francesa AFP
Foto: Facebook/Find James Foley
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Ele cobriu a guerra na Líbia, quando ficou detido por mais de 40 dias. "Sou atraído pelo drama do conflito e por tentar expor estas histórias desconhecidas", disse ele à BBC em 2012
Foto: Facebook/Find James Foley
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"Há violência extrema, mas há uma vontade de saber quem estas pessoas realmente são. E creio que isto é o que é realmente inspirador", disse Foley em uma entrevista antes de ser sequestrado, em novembro de 2012
Foto: Facebook/Find James Foley
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou revolta com a decapitação de Foley por militantes islâmicos e prometeu que seu país irá fazer o que precisar para 'proteger seus cidadãos'
Foto: Reuters
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, repudiou o assassinato horripilante do jornalista James Foley, um crime abominável que ressalta a campanha de terror que o Estado Islâmico continua a levar adiante contra os povos do Iraque e da Síria