O governo da Síria tem o compromisso de abandonar as suas armas químicas e a Rússia está confiante de que o prazo de 30 de junho possa ser cumprido apesar dos atrasos, disse o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, à Reuters nesta segunda-feira.
A destruição do arsenal químico sírio foi a solução encontrada para evitar uma intervenção internacional no país, que está em guerra há quase três anos. A decisão de destruir o arsenal foi tomada em conjunto por Estados Unidos e pela Rússia depois que um ataque químico deixou dezenas de mortos nos arredores de Damasco, no ano passado.
No entanto, enquanto a guerra segue, o cronograma para a aniquilação das armas e dos materiais usados para construir armamentos químicos enfrenta problemas logísticos. Isso tem resultado em grandes atrasos e dificuldades, levantando inclusive a suspeita de que o governo do contestado presidente Bashar al-Assad talvez não venha a cumprir com o prometido.
Assim, o vice-chanceler da Rússia - principal aliado sírio - rejeitou as afirmações ocidentais de que Damasco estaria deliberadamente congelando o programa de destruição de armas químicas. Para Ryabkov, estava claro há muito tempo que um prazo provisório para enviar todos os agentes tóxicos ao exterior até esta semana era excessivamente ambicioso.