Rússia reafirma apoio a Assad 'na luta contra os terroristas'

10 jan 2014 - 19h10

Diplomatas russos reiteraram nesta sexta-feira o apoio de seu país ao presidente sírio, Bashar al-Assad, em sua "luta contra os grupos terroristas", durante um encontro em Moscou com a subsecretária de Estado americana para Assuntos Políticos, Wendy Sherman.

"Os representantes russos ressaltaram a importância de os representantes do governo sírio e da oposição, que tenham vocação patriótica, unirem seus esforços na luta contra os grupos terroristas, cujos atos ameaçam, não apenas o futuro da Síria, como também a estabilidade regional", indicou em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores russo.

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Já Sherman não fez declarações depois de seu encontro com os vice-ministros das Relações Exteriores russos, Mikhail Bogdanov e Guennadi Gatilov, que representarão seu país na conferência internacional de paz sobre a Síria, que será realizada no dia 22 de janeiro em Montreux (Suíça).

Esta conferência "deve marcar o começo de negociações entre os sírios com base no comunicado de Genebra, segundo o qual os próprios sírios devem decidir que problemas o futuro governo deve resolver", acrescentou o Ministério russo em seu comunicado.

A conferência chamada Genebra 2 tem como objetivo encontrar uma solução política que acabe com a guerra civil na Síria, que já provocou a morte de mais de 130.000 pessoas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Milhões de sírios foram obrigados a fugir de suas casas, segundo a ONU.

Em Genebra 2, as partes envolvidas nas conversações tentarão, em particular, estabelecer um acordo internacional para uma transição política na Síria, assinado no dia 30 de junho de 2012 após a primeira conferência de paz de Genebra, mas que nunca foi aplicado.

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A Rússia é um dos principais aliados do regime sírio, para o qual vende armas. Moscou bloqueou novamente, na quarta-feira, um projeto de declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando os bombardeios do Exército sírio contra a cidade de Aleppo (norte do país).

A Rússia, sempre acompanhada da China, vetou em três oportunidades as resoluções de membros ocidentais no Conselho de Segurança que acentuavam a pressão sobre o presidente Assad.

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