O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, elogiou nesta segunda-feira a proposta da Rússia para que Damasco coopere com a comunidade internacional no controle de armas químicas e em sua total destruição.
"O ministro Lavrov apresentou uma iniciativa ligada às armas químicas. Eu declaro: a Síria saúda a iniciativa russa, fundada nas preocupações dos líderes russos quanto à vida de nossos cidadãos e à segurança de nosso país", declarou Muallem, citado pelas agências russas.
Ele também elogiou a "sabedoria dos líderes russos, que estão tentando impedir uma agressão americana contra o nosso povo".
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, pediu à Síria que colocasse seu arsenal sob controle, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou em Londres que o presidente sírio poderia evitar ataques tomando esta atitude.
"Pedimos às autoridades sírias não apenas que aceitem colocar seu arsenal de armas químicas sob controle internacional para em seguida destruí-lo, mas também a união plena à Organização para a Proibição de Armas Químicas" da ONU (OPAQ), disse Lavrov poucas horas depois de se reunir com Muallem em Moscou.
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"Nós já transmitimos esta proposta ao ministro sírio das Relações Exteriores, Sr. Muallem, que está em Moscou, e esperamos uma resposta rápida e positiva", havia afirmado.
"Nós não sabemos se os sírios concordam com isso, mas se o fato de colocar as armas químicas do país sob controle internacional puder evitar ataques, vamos trabalhar rapidamente com Damasco", assegurou.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, saudou nesta segunda-feira a proposta russa. "Se ocorresse, seria enormemente bem-vindo", disse Cameron no Parlamento. "Seria um grande passo adiante e deveríamos encorajá-lo", acrescentou.
No entanto, Cameron, partidário de uma resposta militar ao ataque com armas químicas contra a população civil perto de Damasco, no dia 21 de agosto, advertiu que "temos que ser cuidadosos de que isso não se trate de uma manobra de distração".
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Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
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Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
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Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
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Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
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Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
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Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
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Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
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Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
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Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
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Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
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Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
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Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
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Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
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Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
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Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City
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"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE
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Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK
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Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN
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Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
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Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
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Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
Com informações das agências EFE e AFP.
Fonte: Terra