Um grupo de freiras ortodoxas sequestradas por rebeldes na cidade síria de Maalula, em dezembro passado, foi libertado na madrugada desta segunda-feira (horário local), graças à mediação feita pelo Líbano e pelo Catar, e serão entregues às autoridades sírias.
Segundo as informações às quais a AFP teve acesso, um grupo de monitoramento conseguiu que as religiosas fossem soltas em troca da libertação de cerca de 150 mulheres detidas nas prisões do regime de Damasco.
Elas chegaram a Jdeidet Yabus, do lado sírio da fronteira com o Líbano, depois de uma dura viagem de nove horas, saindo de Yabrud, no Líbano. Um jornalista da AFP presente em Jdeidet Yabus disse que as freiras pareciam fisicamente esgotadas.
Em declarações aos jornalistas presentes na fronteira, uma das religiosas afirmou: "Queremos dar graças a Deus, que tornou possível que nós estivéssemos aqui. Agradecemos ao presidente Bashar al-Assad por ter mantido contato com o emir do Catar (Tamim Bin Hamad al Thani)".
Na última quinta-feira, uma negociadora disse que havia sido perdido o contato regular, desde quarta, com as 13 freiras e três auxiliares feitas reféns na Síria, no início de dezembro, em Maalula, ao norte de Damasco.
Maalula foi conquistada pelos rebeldes e, depois disso, as freiras foram levadas para a região de Yabrud, mais ao norte. Segundo a negociadora, estavam nas mãos dos jihadistas da Frente Al-Nosra, ligada à rede Al-Qaeda e dirigida, nessa área, por Abu Malek al Koweiti.