Síria teria usado armas químicas 14 vezes, diz chanceler

País teria usado armas em ataques desde outubro de 2013; França lamentou desistência de ofensiva americana

13 mai 2014 - 14h37
Segundo chanceler francês, Síria usou armas químicas por 14 vezes
Segundo chanceler francês, Síria usou armas químicas por 14 vezes
Foto: Reuters

O regime sírio teria utilizado armas químicas, incluindo cloro, em 14 ataques desde o final de 2013, denunciou nesta terça-feira o chanceler francês, Laurent Fabius.

Fabius, que está em visita oficial a Washington, também lamentou o fato de o presidente americano, Barack Obama, não ter levado adiante uma ofensiva contra o regime sírio como punição por um ataque com gás sarin perto de Damasco, em agosto, no qual centenas de pessoas morreram.

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Obama ameaçou atacar instalações do regime sírio se o presidente Bashar al-Assad cruzasse a linha vermelha utilizando armas químicas contra seu próprio povo.

No entanto, o líder americano acabou desistindo de efetuar o ataque direcionado, após a assinatura de um acordo mediado pela Rússia para a destruição das armas químicas.

"Lamentamos isso porque acreditamos que teria mudado muitas coisas, em muitos aspectos. Mas é um fato e não podemos reescrever a História", afirmou Fabius durante uma coletiva de imprensa.

Ele alegou, no entanto, que "há registros contundentes do uso, em pelo menos 14 oportunidades, (...) de agentes químicos desde outubro de 2013".

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Embora 92% do estoque de armas químicas sírio já tenha sido retirado do país para ser destruído, "temos uma série de elementos que nos levam a crer que uma determinada quantidade dessas armas químicas foi escondida", disse Fabius.

Os 14 incidentes registrados mostraram que, "nas últimas semanas, novas e pequenas quantidades de armas químicas foram utilizadas, principalmente cloro", disse Fabius, acrescentando que a França atualmente examina as evidências.

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