A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira a autenticidade do vídeo divulgado na terça-feira mostrando a execução do jornalista James Foley por militantes do Estado Islâmico (EI).
"Os serviços de inteligência analisaram o vídeo difundido recentemente e que mostra os cidadãos americanos James Foley e Steven Sotloff. Chegamos à conclusão de que este vídeo é autêntico", informou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, em um comunicado.
O FBI também declarou aos pais do jornalista americano sequestrado acreditar que o vídeo de sua execução é autêntico, informou o GlobalPost, para onde a vítima trabalhava.
O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira que o mundo inteiro está chocado com a execução do jornalista americano James Foley por militantes jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
"Nenhum Deus justo apoiaria o que eles fizeram ontem", disse Obama sobre a decapitação de Foley pelo EI, mostrada em um vídeo divulgado pelo grupo.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também condenou de forma enérgica o assassinato do jornalista, classificado por ele de crime abominável.
O Conselho Muçulmano britânico, que agrupa mas de 500 organizações, mesquitas e escolas islâmicas no Reino Unido, condenou a morte de Foley por extremistas do Estado Islâmico (EI).
"Hoje expressamos mais uma vez nossa rejeição a essa organização reprovável. Estamos horrorizados pelo assassinato de Foley, um repórter que tinha ido à região para denunciar os abusos aos direitos humanos do regime sírio", afirmou em um comunicado.
Novos ataques
Em meio à ameaça do Estado Islâmico de executar o segundo jornalista americano, os Estados Unidos realizaram mais ataques aéreos no Iraque, informou um funcionário de alto escalão da Defesa nesta quarta-feira,
"Ocorreram ataques adicionais desde ontem", declarou à AFP o funcionário, que não quis se identificar.
Investigação
A polícia do Reino Unido confirmou que está investigando o vídeo com as imagens da decapitação. A Scotland Yard alertou além disso que "a visualização, download ou divulgação de material extremista" pode constituir um delito no Reino Unido de acordo com a legislação contra o terrorismo.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, retornou hoje de suas férias na Cornualha para se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, funcionários do Ministério do Interior e dirigentes das agências de inteligência para analisar a situação na Síria e Iraque.
O chanceler britânico disse que a organização extremista representa uma "ameaça direta" contra a segurança no Reino Unido.
"Há muito tempo afirmamos que existe um número significativo de cidadãos britânicos na Síria e no Iraque que operam em organizações terroristas", afirmou Hammond.
O ministro disse que "muitos voltarão em algum momento para o Reino Unido" e se transformarão em um problema para a "segurança nacional". Além disso, admitiu que o homem encapuzado no vídeo fala inglês e tem sotaque britânico.
Com informações da AFP e EFE.