Visita do Papa mobilizará 3 mil seguranças palestinos

Em Israel, pichações contra Jesus foram descobertas pela polícia e dois israelenses judeus foram detidos em Jerusalém por terem colado cartazes "condenando o cristianismo e o Papa"

23 mai 2014 - 13h14
(atualizado às 13h18)
<p>Trabalhador passa em frente a um cartaz com retratos do Papa Francisco e o rei Abdullah da Jordânia, no pátio da Igreja católica São João Batista, onde, segundo a Bíblia, João Batista foi detido. Foto tirada em 23 de maio, na cidade de Madaba, a sudoeste da capital da Jordânia, Amã</p>
Trabalhador passa em frente a um cartaz com retratos do Papa Francisco e o rei Abdullah da Jordânia, no pátio da Igreja católica São João Batista, onde, segundo a Bíblia, João Batista foi detido. Foto tirada em 23 de maio, na cidade de Madaba, a sudoeste da capital da Jordânia, Amã
Foto: AFP

As autoridades palestinas mobilizarão quase 3.000 agentes de segurança para a visita do papa Francisco no domingo a Belém, Cisjordânia, informou nesta sexta-feira o porta-voz da Guarda Presidencial.

"Serão 850 membros da guarda presidencial para proteger a visita do Papa a Belém", declarou Ghassan Nimr.

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Em uma entrevista à televisão palestina, o ministro do Turismo e Antiguidades, Rula Maya, afirmou que o fato de o Papa atravessar Belém em um automóvel mostrava que a Palestina é segura e que, por isso, os peregrinos cristãos podem visitar o território.

Durante sua breve peregrinação, Francisco quer realizar dois encontros com a multidão na Jordânia, no sábado, e em Belém, no domingo.

Pichações contra Jesus são descobertas em Israel

Uma pichação em hebraico insultando Jesus foi descoberta nesta sexta-feira nos muros de uma igreja em Beersheba, no sul de Israel, anunciou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

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A pichação, contra a mãe de Jesus, foi fotografada para a polícia que distribuiu as imagens.

Além disso, segundo Rosenfeld, dois israelenses judeus foram detidos nesta sexta-feira em Jerusalém por terem colado cartazes "condenando o cristianismo e o Papa", e libertados sob a condição de não se aproximar do pontífice.

Foto: AFP

A polícia anunciou ter iniciado medidas de segurança contra 15 ativistas de extrema direita suspeitos de querer "causar problemas" durante a visita do Papa e fortaleceu a proteção de certos locais sagrados cristãos.

As autoridades israelenses lutam há meses contra um ressurgimento de atos de vandalismo racista e de intolerância atribuídos a extremistas judeus, que se intensificaram com a aproximação da chegada do Papa, esperado em Jerusalém domingo à noite depois de sua visita a Amã e Belém domingo de manhã.

"Não temos nenhuma informação sobre planos contra o próprio Papa, mas há planos para constranger o Estado de Israel ou perturbar a ordem pública durante esta visita sensível", disse na quinta-feira o chefe da polícia de Jerusalém, Yossi Pariente.

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