Os ministros das Relações Exteriores dos países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reuniram nesta terça-feira (29) em Bucareste, na Romênia, e a guerra na Ucrânia ocupou lugar de destaque nas conversas.
Segundo o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, já no passado "demonstramos que as portas estão abertas" para a entrada dos ucranianos, mas "nosso foco principal no momento é fornecer ajuda urgente e necessária para que eles se defendam e consertem as infraestruturas energéticas".
"Reconhecemos e respeitamos as aspirações de adesão da Ucrânia. Todavia, o nosso objetivo agora é fornecer um apoio imediato à defesa da agressão russa. Com a Ucrânia estamos ainda discutindo como reforçar nossa parceria política", acrescentou.
O encontro contou com a presença do chanceler de Kiev, Dimitro Kuleba, que pediu mais ajuda militar aos países, como o envio do sistema de defesa Patriots. Stoltenberg afirmou que há discussões sobre isso, mas também que esse foi um momento "para debater como fazer com que os sistemas já entregues funcionem e sejam eficazes".
"A maior parte das guerras acabam nas mesas de negociações e provavelmente também esta guerra terminará assim. Mas, o que acontece na mesa é ligado ao que ocorre no campo de batalha. Pode parecer um paradoxo, mas a realidade é que para atingir uma paz duradoura é preciso fornecer ajuda militar à Ucrânia. É a maneira que [Vladimir] Putin entenderá que não vai atingir seu objetivo e precisará sentar à mesa para negociar", finalizou. .