Jeon Je-young continua assistindo ao vídeo do avião com sua filha e outros 180 passageiros a bordo colidindo contra um muro e explodindo em chamas em um aeroporto da Coreia do Sul.
Sua filha, Mi-sook, morreu no acidente. Ele ainda não consegue acreditar.
"Quando vi o vídeo do acidente, parecia que o avião estava fora de controle", disse Jeon, de 71 anos. "Os pilotos provavelmente não tiveram escolha. Minha filha, que tem apenas cerca de 40 anos, acabou assim. Isso é inacreditável."
Mi-sook era uma filha de coração caloroso, disse ele. Ela trouxe comida e um calendário para o próximo ano à sua casa no dia 21 de dezembro, que acabou sendo seu último breve momento com ela.
"Ela é muito mais carinhosa que meu filho, às vezes me convidava para sair para comer", lembrou Jeon, mostrando suas últimas conversas com a filha em seu celular.
O acidente aéreo mais mortal da história da Coreia do Sul matou 179 pessoas no domingo, quando um avião aterrissou de barriga, deslizou para fora da pista e explodiu em uma bola de fogo no Aeroporto Internacional de Muan.
O voo 7C2216 da Jeju Air, vindo da capital tailandesa, Bangkok, com 175 passageiros e seis tripulantes a bordo, foi visto deslizando pela pista sem nenhum trem de pouso visível antes de colidir com equipamentos de navegação e uma parede em uma explosão de chamas e destroços.
Apenas duas pessoas, ambas membros da tripulação, sobreviveram e estavam sendo tratadas por causa dos ferimentos.