Christine Dawood conta que estava na 'nave-mãe' do submersível Titan, o Polar Prince, quando se despediu do marido Shahzada Dawood, de 58 anos, e do filho Suleman, de 19, antes do submarino descer rumo aos destroços do Titanic e acabar implodindo, causando a morte de pai e filho e de mais três pessoas que estavam a bordo. A informação é do jornal The New York Times.
Na foto tirada do bilionário e de seu filho é possível vê-los sorrindo antes de embarcar no submersível Titan. A viúva revelou que pai e filho estavam animados com o passeio, que tinha sido planejado com antecedência.
Segundo Christine, eles conversaram com o executivo-chefe da Ocean Gate, Stockton Rush, e sua esposa Wendy, para se convencer de que a viagem não apresentava riscos. "Mais seguro do que atravessar a rua", teria dito Rush de acordo com a viúva.
Christine lembra que eles se encontraram com o casal Rush e Wendy em um café em fevereiro, quando conversaram sobre o projeto e a segurança do submersível para entender como funcionava a engenharia mecânica do transporte marítimo.
Já no Polar Prince, ela lembra que foram feitos 'briefings' às 7h e 19h, com palestras científicas sobre os destroços e a expedição para aqueles que se preparavam para fazer a descida.
A aventura de pai e filho custou custou US$ 250 mil, o equivalente a R$ 1,2 milhão de reais, por pessoa. Eles embarcaram no submersível no dia 18 de junho, no Dia dos Pais em muitos países do mundo.
Já submersos após 1h45min, o sinal da tripulação com a Marinha dos Estados Unidos foi perdido. Dados como desaparecidos nas profundezas do mar, após cinco dias, o órgão marítimo encontrou pedaços dos submersível há 1.600 pés dos destroços do Titanic.
Estavam entre os passageiros o CEO da empresa que comandava a expedição, Stockton Rush, o especialista francês em Titanic, Paul Henry Nargeolet, o bilionário britânico Hamish Harding, além de Dawood e Suleman.