Diversos países decidiram suspender seus financiamentos à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa, em inglês), após a instituição ter anunciado nesta sexta-feira, 26, que demitiu "vários funcionários" acusados de estarem envolvidos no ataque deflagrado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel no dia 7 de outubro.
Neste sábado, 27, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o país suspendeu a ajuda e enfatizou o compromisso com a assistência humanitária ao povo palestino, ao mesmo tempo protegendo a segurança de Israel.
Após um primeiro anúncio dos Estados Unidos, o Canadá também ordenou uma pausa temporária nos repasses, assim como a Austrália.
O chanceler israelense, Israel Katz, agradeceu aos países pela decisão e pediu à ONU que tome ações imediatas contra a liderança da Unrwa.
"A Unrwa deve pagar um preço por suas ações. A Unrwa não é a solução. Israel garantirá que a agência não faça parte do pós-guerra em Gaza", afirmou Katz, acrescentando que trabalhará para obter apoio dos EUA, da União Europeia e de outras nações para interromper as atividades.
Já o Hamas, em canais do Telegram, pediu à ONU e a instituições internacionais que "não cedam às ameaças e chantagens de Israel", destacando a importância do papel da agência no fornecimento de ajuda ao povo palestino e na documentação de crimes de guerra contra os palestinos.