O papa Francisco criticou nesta quarta-feira (11) a violência no Sri Lanka e cobrou que as autoridades locais respeitem os direitos humanos e as liberdades civis.
"Dirijo um pensamento especial ao povo do Sri Lanka, principalmente aos jovens que fizeram seu grito ser ouvido diante dos desafios e dos problemas sociais e econômicos do país", disse o líder católico durante sua audiência semanal na Praça São Pedro.
"Uno-me às autoridades religiosas ao exortar todas as partes a manter uma postura pacífica, sem ceder à violência. Faço apelo a todos aqueles que têm responsabilidade para que escutem as aspirações do povo, garantindo o respeito dos direitos humanos e das liberdades civis", acrescentou.
O Sri Lanka foi palco de uma longa sequência de protestos pacíficos contra a pior crise econômica no país desde sua independência do Reino Unido, em 1948, mas, na última segunda-feira (9), as ruas da capital Colombo e de outras cidades foram tomadas por conflitos, com um saldo de nove mortos.
A violência forçou a renúncia do premiê Mahinda Rajapaksa, que foi escoltado para fora da capital pelo Exército e hoje está escondido em uma base naval. A situação aparentemente se acalmou nesta quarta, embora o Sri Lanka continue sem governo.
"A situação parece estar melhorando, e esperamos revogar o toque de recolher amanhã de manhã", disse o chefe de Segurança Nacional do Sri Lanka, Kamal Gunaratne.
O líder da oposição, Sajith Premadasa, garantiu estar pronto para assumir o cargo de primeiro-ministro, mas desde que o presidente Gotabaya Rajapaksa, irmão do ex-premiê, também renuncie.