Papa condena 'flagelo' do trabalho infantil: 'Não seja cúmplice'

Francisco apelou em prol de crianças exploradas por economia

8 jan 2025 - 09h03
(atualizado às 10h12)

O papa Francisco condenou nesta quarta-feira (8) "o flagelo do trabalho infantil", em todo o mundo, apontando que as crianças são "exploradas por uma economia que não respeita a vida".

    "Em todas as partes do mundo existem crianças exploradas por uma economia que não respeita a vida, uma economia que, ao fazê-lo, queima o nosso maior depósito de esperança e amor", declarou o Pontífice em sua primeira audiência pública de 2025.

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    Francisco apelou para todos lembrarem "sempre de que as crianças são esperança", pedindo a proteção dos seus sorrisos, "que é uma das mais belas manifestações da ternura de Deus".

    "Pedimos a graça de redescobrir o lugar importante que cada criança ocupa no coração de Deus, para não sermos cúmplices dos abusos perpetrados contra elas, mas para condená-los firmemente", acrescentou.

    Segundo o argentino, "uma criança que não sorri e não sonha não será capaz de conhecer ou deixar florescer os seus talentos".

    Durante sua intervenção, Jorge Bergoglio lamentou que milhões de menores, em vez de serem "amados e protegidos", são privados da sua infância, "vítimas da exploração e da marginalização", destacando que "as crianças ocupam um lugar privilegiado no coração de Deus e quem as prejudicar deverá responder por isso diante Dele".

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    "Pensemos em quantas crianças morrem por causa da fome, das catástrofes, das doenças e das guerras. Seguindo o exemplo de Jesus, os cristãos nunca devem permitir que as crianças sejam maltratadas, feridas ou abandonadas", advertiu.

    Além disso, o líder da Igreja Católica defendeu que é preciso "prevenir e condenar veementemente qualquer abuso que [os menores] podem sofrer".

    Por fim, Francisco criticou uma sociedade que sonha com a vida em Marte ou "mundos virtuais", mas é incapaz de "olhar nos olhos de uma criança que foi deixada à margem e que é explorada e abusada".

    "O século que gera inteligência artificial e projeta as existências multiplanetárias nem sequer levam em conta a ferida da infância humilhada, explorada, mortalmente ferida", concluiu ele, pedindo "ao Senhor que abra nossas mentes e corações ao cuidado e à ternura, e que cada menino e menina do mundo possa crescer em idade, sabedoria e graça, recebendo e dando amor". .

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