O papa Francisco fez nesta segunda-feira (23) mais um apelo por união entre os cristãos, em meio às divisões entre progressistas e conservadores na Igreja Católica.
"A solução para as divisões não é opor-se a alguém, porque a discórdia gera mais discórdia. O verdadeiro remédio começa pelo pedir a Deus a paz, a reconciliação, a unidade", diz uma mensagem postada nos perfis de Jorge Bergoglio no Twitter.
No último domingo (22), em uma missa na Basílica de São Pedro, o Papa já havia dito que as "tendências e preferências do clero" deveriam ficar em segundo plano perante a "única igreja de Cristo".
Desde a morte do pontífice emérito Bento XVI, representantes das alas conservadoras do clero já deram diversas declarações com críticas veladas ou diretas a Francisco.
Georg Ganswein, ex-secretário particular de Joseph Ratzinger, publicou um livro no qual reclama de ter sido afastado da Prefeitura da Casa Pontifícia e também disse que Bento XVI ficou descontente com a restrição às missas em latim imposta por Bergoglio.
Já o alemão Gerhard Muller, crítico aberto do Papa, escreveu um livro denunciando a existência de um "grupo mágico que gravita em torno de Santa Marta", residência oficial de Francisco, e é formado por "pessoas despreparadas do ponto de vista teológico".