Papa faz rara visita à defensora do direito ao aborto na Itália

5 nov 2024 - 11h26

O papa Francisco saiu do Vaticano e fez uma rara visita domiciliar nesta terça-feira a Emma Bonino, uma política veterana mais conhecida na Itália por sua campanha bem-sucedida na década de 1970 para legalizar o aborto.

Francisco, líder da Igreja Católica com 1,4 bilhão de membros, frequentemente expressa uma oposição feroz ao aborto. Ele já disse que fazer um aborto é "assassinato" e equivale a "contratar um assassino".

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Mas ele também tem estabelecido relações com várias figuras anticlericais italianas.

Bonino, de 76 anos, recebeu alta do hospital no mês passado após sofrer de problemas respiratórios e cardíacos. No ano passado, ela disse que havia se recuperado de uma batalha de oito anos contra um câncer de pulmão.

Francisco, que tem 87 anos e está lidando com problemas de saúde ocasionais, foi visto visitando seu apartamento no centro de Roma depois de uma ida à Pontifícia Universidade Gregoriana, nas proximidades.

A assessoria de imprensa do Vaticano confirmou a visita do papa, mas disse que não forneceria mais detalhes. Bonino disse que não tinha comentários sobre a visita.

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Bonino foi originalmente eleita para o Parlamento italiano em 1976 como membro do Partido Radical, que impulsionou a aprovação de uma lei para legalizar o aborto em 1978, posteriormente confirmada por um referendo nacional em 1981.

No início de seu papado de 11 anos, Francisco era conhecido por se encontrar regularmente com Eugenio Scalfari, um ateu declarado que fundou o jornal de centro-esquerda La Repubblica e foi parlamentar socialista por um mandato. Ele morreu em 2022.

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