O papa Francisco comparou nesta segunda-feira o abuso sexual de crianças por padres a uma "missa satânica" e disse que terá tolerância zero para qualquer um na Igreja Católica que cometeu abuso infantil, incluindo bispos.
Falando a jornalistas a bordo do avião na volta de uma viagem ao Oriente Médio, o papa também anunciou que terá o seu primeiro encontro com um grupo de vítimas de abuso no Vaticano no início do próximo mês.
Questionado se irá se posicionar contra os bispos que foram acusados de abuso sexual, ele disse que não haverá privilégios, acrescentando que três bispos estavam atualmente sob investigação.
"O abuso sexual é um crime tão feio... porque um padre que faz isso trai o corpo do Senhor. É como uma missa satânica", disse o pontífice usando linguagem mais dura sobre uma crise que abalou a Igreja durante mais de uma década.
"Temos que ir em frente com a tolerância zero", disse.
Ele afirmou que fará uma reunião com cerca de oito vítimas de abuso sexual no Vaticano no início do mês que vem. O encontro deve ter a presença do cardeal Sean Patrick O'Malley, de Boston, que é chefe de uma comissão criada para estudar formas de lidar com a crise.
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Francisco, que falou a jornalistas por quase uma hora, disse que as vítimas, várias da Europa, participarão da missa da manhã e, em seguida, haverá o encontro com o pontífice.
Será a primeira vez que Francisco receberá vítimas de abuso sexual desde que foi eleito papa, em março de 2013.
Durante a entrevista à imprensa, Francisco lembrou ainda que o celibato não é um "dogma de fé" na Igreja Católica, que há sacerdotes casados nos ritos orientais e que "a porta está sempre aberta" a tratar o assunto.
No entanto, o pontífice esclareceu que "neste momento há outros temas sobre a mesa".
"O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e acho que é um presente para a Igreja", considerou o papa argentino.
Encontro com Peres e Abbas
O Papa Francisco elogiou o presidente de Israel, Shimon Peres, e o líder palestino Mahmud Abbas pela "coragem" que tiveram ao aceitar o convite para rezar no Vaticano pela paz.
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O Papa explicou que o convite não tem caráter diplomático, mas sim "espiritual". "O encontro no Vaticano é para rezar, não se trata de uma mediação", destacou o Papa.
Francisco fez um apelo inesperado no domingo, em Belém, para que os dois líderes fossem rezar no Vaticano pela paz no Oriente Médio, após considerar "inaceitável" a situação diante da ruptura das negociações, em abril.
O líder palestino aceitou imediatamente o convite e anunciou que viajaria no dia 6 de junho.
Peres respondeu positivamente ao "generoso" convite do Papa nesta segunda-feira, e disse que se trata de um gesto audacioso do sumo pontífice para contribuir com o diálogo entre as partes após seis décadas de conflito.
Sobre o estatuto de Jerusalém, tema de discórdia nas negociações, o Papa recordou que a "Santa Sé tem uma posição definida: Jerusalém é a capital das três religiões" monoteístas.
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Com informações da Reuters, AFP e EFE.
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Papa Francisco chegou ja Jordânia neste sábado, em sua primeira viagem oficial à Terra Santa
Foto: AFP
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Em seu primeiro discurso, o Papa falou sobre a liberdade religiosa no Oriente Médio
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O avião do Papa Francisco pousou em Amã na manhã neste sábado, em sua primeira visita à região
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É a primeira visita de Francisco, líder da comunidade de 1,2 bilhão de católicos do mundo, à região
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Vista geral dos preparativos para a visita do papa Francisco, na Praça Manger, em Belém, na Cisjordânia, na sexta-feira
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Fiéis aclamam o papa Francisco enquanto ele deixa uma missa em um estágio em Amã
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Papa Francisco faz oração na beira do rio Jardão, onde a Igreja Católica acredita de Jesus Cristo foi batizado
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Fiéis cumprimentam o papa antes de o pontífice celebrar uma missa em um estádio em Amã, neste sábado
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Papa cumprimenta uma criança antes de celebrar a missa em Amã
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Papa Francisco celebra uma missa no estádio de Amã para cerca de 5 mil fiéis
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Ventania atinge o papa Francisco durante missa e faz o pontífice perder parte do seu traje
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Milhares de fiéis compareceram a uma missa que o papa celebrou em um estádio em Amã
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Durante a missa, o pontífice pediu medidas urgentes para acabar com a guerra na Síria
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Papa Francisco orou à Virgem Maria por paz e justiça em território palestino
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Papa foi recebido pela autoridade palestina Mahmoud Abbas
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Papa rezou pelas crianças do mundo na Basílica da Natividade
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O Pontífice chamou o impasse envolvedo Israel e Palestina de inaceitável
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Papa Francisco fez rápida oração junto ao muro que cerca Belém
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Papa Francisco foi recebido pelo presidente da Palestina, Mahmoud Abbas
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Papa Francisco se encontra com o Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu
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Os dois líderes religiosos caminharam fora da igreja, enquanto conversavam, na cidade velha de Jerusalém
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Prefeito de Jerusalém acompanha o papa Francisco, enquanto o líer religioso cumprimenta crianças, após o desembarque no Monte Scopus
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Papa Francisco cumprimenta crianças israelenses, no heliporto do hospital Hadassah, em Monte Scopus, em Jerusalém
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Potífice chega ao heliporto do hospital Hadassah, em Jerusalém
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Papa Francisco caminha ao lado do presidente de Israel, Shimon Peres, na residência presidencial, em Jerusalém.
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Segundo o papa, o presidente de Israel, Shimon Peres, (à esquerda) é o "artífice da paz"
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Prsidente de Israel, Shimon Peres, (à esq.) encontra o papa Francisco durante cerimônio de boas-vindas, no aeroporto internacional de Ben Gurion
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O pontífice escreveu uma nota no livro de visitas, durante a sua passagem pela residência do presidente Shimon Peres, em Israel
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Papa e o rabino Shmuel Rabinovitch caminham em direção ao Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém
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Papa ajusta coroa de flores sobre túmulo no Memorial às Vítimas do Terror, em Israel
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Papa Francisco visita Memorial às Vítimas do Holocausto, em Jerusalém
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Papa toca pedras do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém
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O local é considerado o mais sagrado do Judaísmo. O papa fez sua primeira visita à Terra Santa no fim de semana do último dia 24 de maio