O papa Francisco voltou a falar sobre a migração à Europa na audiência geral desta quarta-feira (22) e instou os países da União Europeia a assumirem suas responsabilidades no assunto.
"Na viagem [ao Chipre e à Grécia], eu pude tocar com as mãos, mais uma vez, a humanidade ferida dos refugiados e dos migrantes. Eu também constatei que apenas alguns países europeus estão suportando a maior parte das consequências do fenômeno migratório na área mediterrâneo, enquanto isso pede, na realidade, uma responsabilidade compartilhada por todos, da qual nenhum país pode se eximir porque é um problema de humanidade", disse Francisco.
O líder católico ainda agradeceu à Itália por permitir que ele trouxesse mais 12 migrantes para viver no Vaticano após sua viagem aos dois países. Durante os últimos anos, o Papa fez questão de trazer estrangeiros que chegaram pelo Mediterrâneo para morar na cidade-Estado.
"Graças à generosa abertura das autoridades italianas, eu pude trazer para Roma um grupo de pessoas. É um pequeno sinal que espero que sirva de estímulo para outros países europeus para que permitam que as realidades eclesiais locais possam acolher irmãos e irmãs que precisam ser realocados, acompanhados, promovidos e integrados. Hoje eles estão aqui no meio de nós. Sejam bem-vindos", acrescentou.
Voltando a fazer um apelo para os governos do bloco, o Pontífice afirmou que "há muitas igrejas locais, congregações religiosas e organizações católicas que estão prontas para acolher e acompanhar essas pessoas para uma fecunda integração".
"É preciso só abrir uma porta: a porta do coração. E não vamos manchar esse Natal", pontuou ainda. .