O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (11) uma "solução política" para a crise na Síria e desejou que a estabilidade e a unidade do país sejam mantidas.
A declaração chega na esteira da queda do ditador Bashar al-Assad, símbolo de uma dinastia que estava no poder havia mais de 50 anos, mas que não resistiu a uma ofensiva de apenas 11 dias encabeçada por rebeldes jihadistas.
"Acompanho o que está acontecendo na Síria neste momento delicado para sua história. Espero que se chegue a uma solução política, sem mais conflitos e divisões, e que se promova responsavelmente a estabilidade e a unidade do país", afirmou o Papa durante sua audiência geral com fiéis no Vaticano.
"Que o povo sírio possa viver em paz e segurança em sua amada terra e que as diversas religiões possam caminhar juntas na amizade e no respeito recíproco, pelo bem de uma nação afligida por tantos anos de guerra", acrescentou.
Os rebeldes sírios são liderados pelo grupo islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ou Organização para a Libertação do Levante, antigo braço da Al Qaeda no país, mas também incluem forças seculares apoiadas pela Turquia, além dos curdos.
O engenheiro Mohamed al-Bashir, que governava a província insurgente de Idlib, foi nomeado como primeiro-ministro interino até 1º de março, com a tarefa de formar um governo de união nacional. .