Papa recebe apelo de venezuelanos sobre eleições

Pontífice demonstrou 'cuidadosa consideração' sobre o caso

3 jul 2024 - 10h27
(atualizado às 10h36)

O papa Francisco demonstrou "cuidadosa consideração" sobre as restrições impostas pelo governo de Nicolás Maduro ao voto dos mais de 7 milhões de venezuelanos que vivem no exterior, permitindo que apenas 69 mil deles participem nas eleições presidenciais de 28 de julho.

    A informação foi relatada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em resposta a uma carta enviada em abril passado por venezuelanos exilados na Argentina e divulgada nesta quarta-feira (3).

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    "O Santo Padre pediu-me que expressasse a sua gratidão, assegurando que tomou nota de tudo o que lhe comuniquei", diz a resposta de Parolin, datada de 6 de junho. Segundo o cardeal, "a Santa Sé não deixará de fazer o que pode" pela pacificação na Venezuela.

    A carta foi enviada ao Vaticano através do Serviço Jesuíta de Migrantes e pede para o pontífice intervir junto às autoridades venezuelanas para que "os direitos humanos e constitucionais" dos eleitores no exterior "não sejam violados".

    Dos mais de 7 milhões de migrantes e refugiados venezuelanos em todo o mundo, apenas 69.189 foram autorizados a votar.

    No caso da Argentina, dos mais de 220 mil cidadãos provenientes da Venezuela que vivem no país, somente 2.639 poderão ir às urnas devido a restrições impostas pelo Conselho Nacional Eleitoral, como atrasos no processo de registro e exigência de documentos adicionais. .

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