Papa reza para que Deus toque o coração de terroristas

31 jul 2016 - 08h14
Na Polônia, o papa Francisco fez um apelo pedindo o fim de ações terroristas
Na Polônia, o papa Francisco fez um apelo pedindo o fim de ações terroristas
Foto: Agência Brasil

O papa Francisco fez um apelo hoje (30) para que Deus "tocasse o coração dos terroristas", em uma explícita menção aos atentados em série ocorridos em julho, sendo o último contra uma igreja na França, no qual um padre católico foi degolado.

"Toque o coração dos terroristas para que reconheçam o mal de suas ações e caminhem para a vida da paz e do bem, do respeito pela vida, da dignidade a cada homem, independentemente da religião, da proveniência, da riqueza ou da pobreza", escreveu o papa em um bilhete de orações deixado na Igreja de São Francisco, na Cracóvia.

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"Senhor, oremos a ti pelos que foram feridos nestes últimos anos de desumana violência. Crianças e jovens, homens e mulheres, idosos, pessoas inocentes envolvidas só por uma fatalidade do mal", acrescentou Francisco.

Ele disse esperar que as "famílias atingidas pelas guerras encontrem a força e a coragem para continuarem sendo irmãs e irmãos para os outros, principalmente para os imigrantes". A visita à Igreja de São Francisco, na Cracóvia, não estava prevista na agenda papal, que está em viagem oficial pela Polônia desde quarta-feira.

Dois mártires

No local, ele venerou as relíquias de dois mártires, Zbigniew Strzalkowski e Michal Tomaszek, mortos pelo grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, em 9 de agosto de 1991, no Peru, e beatificados em 2015. Francisco celebrou, depois, no Campus Misericordiae, uma vigília de orações com jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na Polônia.

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"Caros amigos, convido vocês a orarem juntos pelo sofrimento de tantas vítimas da guerra para que, de uma vez por todas, passemos a entender que nada justifica o sangue de um irmão. Que nada é mais precioso que a pessoa que temos ao lado", pediu Francisco.

"Nós não vamos gritar contra os outros, nem brigar. Não queremos a destruição nem vencer o ódio com mais ódio, a violência com mais violência, o terror com mais terror. Nossa resposta a este mundo em guerra se chama fraternidade, comunhão, família", ressaltou.

Agência Brasil
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