Um grupo bipartidário de congressistas dos Estados Unidos pediu ao governo do presidente Joe Biden que considere a possibilidade de restringir a exportação de biotecnologia norte-americana para as forças armadas chinesas, citando preocupações de que Pequim a usará para criar patógenos ainda mais perigosos.
Em uma carta datada de quinta-feira e revelada em primeira mão pela Reuters, os parlamentares -- liderados pelo presidente da Comissão Seleta Republicana da China, John Moolenaar -- pediram à secretária de Comércio, Gina Raimondo, que estude a imposição de uma restrição de licenças para farmacêuticas dos EUA que trabalham com organizações médicas chinesas de propriedade militar.
A competição de biotecnologia entre EUA e China "não terá apenas implicações para nossa segurança nacional e econômica, mas também para o futuro das assistências médicas e da segurança dos dados médicos norte-americanos", diz a carta, que também foi assinada pelo democrata Raja Krishnamoorthi, membro da mesma comissão, e pelo republicano Neal Dunn.
O Departamento de Comércio não respondeu a um pedido para que comentasse o tema, mas o mandato de Raimondo termina no fim deste mês. É improvável, portanto, que ela tenha tempo para impor novos controles.
O porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, disse que as acusações "estão cheias de especulações maldosas" sobre a China. Ele afirmou que Pequim "é fortemente contra o desenvolvimento, posse ou uso de armas biológicas por qualquer país".