O partido Republicano da Califórnia admitiu ter instalado mais de 50 urnas falsas de votação em cidades do estado, uma iniciativa que as autoridades locais disseram ser ilegal e uma fraude eleitoral.
A denúncia por tentativa de enganar eleitores foi divulgada neste domingo (12) pelo jornal "The New York Times" neste domingo (12). Segundo a publicação, as caixas de metal cinza escuro foram colocadas em Los Angeles, Fresco e Orange Country nas últimas duas semanas.
Os supostos "pontos de votação" foram instalados perto de igrejas, academias de ginástica, lojas de armas, escritórios do Partido de Donald Trump e, principalmente, em áreas conservadoras, com uma etiqueta identificando-as como "Urna eleitoral oficial.
O caso vem à tona no momento em que republicanos e democratas estão travando uma dura batalha pelo direito ao voto, com os aliados do presidente acusando os seguidores de Joe Biden de minar a integridade do processo eleitoral ao incentivar a expansão da votação.
Na última segunda-feira (12), no entanto, o secretário de estado da Califórnia, Alex Padilla, e o advogado-geral Xavier Becerra, enviaram ordens ao Partido Republicano, determinando que as urnas falsas sejam retiradas.
Além disso, eles aconselham que todos os eleitores que foram enganados e depositaram o voto entrem em contato pelo site de votação da Califórnia para garantir que a escolha seja contabilizada. Para os eleitores, é difícil identificar que se tratam de urnas falsificadas.
"Enganar os eleitores é errado, independente de quem faça", disse Padilla em uma entrevista à imprensa, ressaltando que as urnas falsas "não são permitidas pela lei estadual".
Um porta-voz do Partido Republicano, por sua vez, disse que a legenda continuará utilizando as urnas falsas, tendo em vista que as leis da Califórnia permitem que qualquer um entregue uma urna com votos, mediante a uma autorização.
