O recém-nomeado líder do Hezbollah, Naim Qassem, anunciado nesta terça-feira, 29, fez sua primeira declaração pública nesta quarta-feira, 30, afirmando que o grupo extremista libanês continuará sua guerra contra Israel, segundo informou o jornal libanês L'Orient Le Jour.
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"Continuaremos nosso plano de guerra dentro das estruturas políticas delineadas. Permaneceremos no caminho da guerra. Podemos continuar a lutar por dias, semanas e meses", disse.
Durante seu pronunciamento, Qassem também afirmou que dará continuidade à agenda estabelecida por seu antecessor, o secretário-geral Hassan Nasrallah, que foi morto em um ataque aéreo israelense no subúrbio sul de Beirute em setembro. Além disso, ele fez ameaças diretas a Israel: "Saia de nossas terras para diminuir suas perdas. Se você ficar, pagará."
Com relação ao Irã, aliado do Hezbollah, Hamas e outros grupos da chamada Resistência Islâmica, o novo líder afirmou que o governo de Teerã apoia seus planos sem exigir nada em troca. No entanto, enfatizou: "Não lutamos em nome de ninguém ou pelo projeto de ninguém. Lutamos pelo Líbano".
Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmam que mediadores dos Estados Unidos estão desenvolvendo uma proposta para interromper as hostilidades entre Israel e o grupo armado, com a sugestão de um cessar-fogo de 60 dias como ponto de partida.
Quanto à possibilidade de uma trégua, o novo líder do Hezbollah não descartou completamente, mas destacou que será um desafio alcançar um acordo.
"Se os israelitas decidirem que querem parar a guerra, dizemos que aceitamos. Mas com as condições que considerarmos adequadas. Até agora não há nenhuma proposta que Israel aceite para nos ser oferecida para discussão", afirmou Qassem.