O Peru confirmou nesta quinta-feira o recorde de 11.260 novos casos de coronavírus em um único dia em meio a uma nova variante mais contagiosa, identificada pela primeira vez no Brasil, e a escassez de equipamentos médicos e hospitais quase saturados.
O número total de casos no Peru desde a primeira vez que o vírus foi identificado, em março do ano passado, é agora de 1.492.519 e o de mortes chega a 50.656, disse o Ministério da Saúde na noite de quarta-feira.
Durante a primeira onda de infecções, o Peru atingiu seu pico no dia 16 de agosto, com 10.143 infectados, segundo dados oficiais.
No entanto, durante a segunda onda que a região atualmente enfrenta, o país foi afetado por uma nova e altamente contagiosa variante da Covid-19, conhecida como P1, descoberta pela primeira vez no Brasil.
Como resultado, Peru, Brasil, Uruguai e Paraguai estão registrando o pico de infecções, de acordo com dados coletados pela Reuters.
O governo informou na quarta-feira que 40% dos casos confirmados de coronavírus em Lima, a capital do Peru, são da variante brasileira que surgiu na região amazônica no início deste ano.
O novo recorde de infecções ocorre no momento em que milhões de peruanos se preparam para votar nas eleições presidenciais e parlamentares, no dia 11 de abril.
O governo insistiu que as eleições não serão adiadas, mas sim realizadas sob rígidos protocolos de saúde.
A nação andina de cerca de 33 milhões de habitantes lançou sua campanha de vacinação contra a Covid-19 em fevereiro, utilizando a vacina fabricada pela farmacêutica chinesa Sinopharm. Até agora, o país recebeu 1 milhão das 38 milhões de doses adquiridas em acordo. Também recebeu 317.000 doses da vacina da Pfizer-BioNTech por meio de um acordo bilateral e de uma aliança com a Covax Facility.