A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (29) que a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) está longe de terminar e o pior momento ainda está por vir.
A declaração foi dada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa, um dia depois do mundo passar a marca de 10 milhões de casos confirmados e 500 mil óbitos provocados pela doença, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
"Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso não está nem perto de acabar", disse Tedros, ressaltando que "embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a pandemia está na verdade acelerando".
Segundo ele, "a maioria das pessoas permanece suscetível", principalmente porque "o vírus ainda tem muito espaço para se movimentar".
"O novo normal será conviver com o vírus. Nos próximos meses, precisaremos de ainda mais resiliência, paciência e generosidade", acrescentou o diretor da OMS.
Tedros também lembrou que nesta terça-feira (30) completará seis meses desde que a entidade recebeu os primeiros relatos dos casos da Covid-19 na China. Na ocasião, as causas da doença respiratória ainda eram desconhecidas.
"Esse é um momento para todos nós refletirmos sobre o progresso que fizemos e as lições que aprendemos", disse ele, ao pedir para as nações renovarem os compromissos para salvar vidas.
Apesar do tom pessimista, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, ressaltou o progresso na tentativa de encontrar uma vacina segura e eficaz contra o novo coronavírus, mas alertou que, até o momento, não existe garantias do sucesso do medicamento.