A polícia alemã realizou operações de busca nesta sexta-feira em residências ligadas a quatro supostos membros de uma organização de jovens de direita acusados de atacar militantes eleitorais do Partido Social Democrata (SPD) em um ponto de ônibus no início do mês.
A polícia confiscou dispositivos móveis, propaganda da direita e balaclavas, entre outros itens, durante operações de busca em 10 residências nos Estados da Baixa Saxônia, Saxônia e Saxônia-Anhalt.
As buscas visaram um total de oito suspeitos, com idades entre 16 e 21 anos, relacionados ao ataque no ponto de ônibus.
Três dos suspeitos estão sob custódia, e um quarto foi solto em liberdade condicional. Os quatro suspeitos restantes foram identificados pelas investigações da polícia de Berlim.
Acredita-se que todos os suspeitos façam parte do German Youth First, um grupo que participa de comícios de extrema-direita em todo o país e tem visado adversários políticos com ataques violentos.
De acordo com a polícia, os quatro supostos agressores atropelaram membros do SPD em um ponto de ônibus no bairro de Lichterfelde, no sudoeste de Berlim, enquanto se dirigiam a manifestações planejadas com o objetivo de se envolver em brigas com ativistas de esquerda.
Eles jogaram os bonés dos membros do SPD no chão e agrediram verbal e fisicamente os ativistas, segundo a polícia, chutando um deles na cabeça com coturnos. Foi necessário chamar reforços policiais para interromper o ataque, que também deixou dois policiais feridos.
O caso é semelhante a um violento ataque contra um membro alemão do Parlamento Europeu enquanto ele colava cartazes do SPD antes da eleição da UE no último mês de junho, o que o levou a precisar de cirurgia.
Políticos, incluindo o chanceler Olaf Scholz, do SPD, alertaram sobre um aumento na violência política. A agência de inteligência doméstica BfV disse que o extremismo de extrema-direita é a maior ameaça à democracia alemã.